tag:blogger.com,1999:blog-88465343214915982362024-03-14T05:19:37.915-03:00RECORTES CRÍTICOSTesouradas crítico-informativas sobre filosofia, direito, literatura, música, arte, sociologia, política, história...RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.comBlogger102125tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-88041307688883836782021-09-07T19:40:00.000-03:002021-09-07T19:40:07.485-03:00O particular 07 de setembro de 2021: ensaio sobre a cegueira<p style="text-align: justify;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #0000ee; text-decoration-line: underline;"><br /></span></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-K6npntjHGqE/YTfmFQHDw4I/AAAAAAACHSA/Hi-2yBYAqQcmCaePetfAscvHdVsVx5K4wCLcBGAsYHQ/s1476/Captura%2Bde%2BTela%2B2021-09-07%2Ba%25CC%2580s%2B18.52.21.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-q9H3gy0ZfrY/YTfouwWldxI/AAAAAAAAAik/BHlFYhMPtqYOa_4GSSn9mrEENqxbrFzUACLcBGAsYHQ/s806/Captura%2Bde%2BTela%2B2021-09-07%2Ba%25CC%2580s%2B19.33.12.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="650" data-original-width="806" height="258" src="https://1.bp.blogspot.com/-q9H3gy0ZfrY/YTfouwWldxI/AAAAAAAAAik/BHlFYhMPtqYOa_4GSSn9mrEENqxbrFzUACLcBGAsYHQ/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2021-09-07%2Ba%25CC%2580s%2B19.33.12.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara" José Saramago (1922-2010)</div><span style="text-align: justify;"><br /></span><p></p><p><span style="text-align: justify;">Como celebrar a independência política do Brasil que, quase 200 anos depois, segue situado na periferia do capitalismo com uma economia vergonhosamente dependente sem projeto de país? </span></p><p style="text-align: justify;">Como festejar a independência quando ditas "pessoas de bem" recheadas de ignorância e "colonialidade do saber" vão para as ruas, dentre outras atitudes, com "placas" em inglês para ovacionar um confesso "adorador da ditadura"? </p><p style="text-align: justify;">Como comemorar uma independência para um país que, mesmo estando entre as maiores economias e democracias do mundo, em meio a diversas outras desgraças cotidianas, ainda tem analfabetos, larga pobreza, inflação em alta e quase 15 milhões de desempregados? </p><p style="text-align: justify;">Como compreender a independência quando muita gente de essência "vende-pátria" não tem vergonha em sequestrar as "cores da bandeira" para dizer que "autoriza" ditadura? </p><p style="text-align: justify;">Como louvar a independência sem discutir o papel e o lugar das ditas Forças Armadas para um país que escandalosamente não teve "justiça de transição pelo que ocorreu entre 1964/1985 e nos quais certa casta militar está, mais do que nunca, pelo menos em tempo civil, "afogada" no poder fetichizado? </p><p style="text-align: justify;">Como compreender a independência na perspectiva de um Estado supostamente laico que, por diversos caminhos, deveria desamparar a perigosa relação da política com o viés religioso nas suas multifacetadas expressões de "cegueira"? </p><p style="text-align: justify;">A democracia brasileira, antes de ser uma crença, precisa alcançar muito além da representação, com participação, deliberação e, sim, a necessária radicalidade, ainda que por novos e melhores caminhos.</p><p style="text-align: justify;">A propósito, como entender a complexidade e a diversidade da "voz das ruas" quando ainda não fizemos uma leitura adequada do junho de 2013? </p><div><span style="text-align: justify;">O "grito dos excluídos" ainda é um tímido, mas quem sabe necessário começo. Precisa ser multiplicado para muito além dos discursos partidários ocupados pura e simplesmente do viés eleitoral...</span></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div><span style="text-align: justify;">É hora da sociedade civil preservar o que pode restar de realmente regenerador e vital na democracia brasileira.</span></div><p style="text-align: justify;">Nunca foi tão urgente a formação política e a conscientização das massas e da classe trabalhadora (sim, ainda é de "guerra de classes" que se trata...)</p><p style="text-align: justify;">Nada pode ser tão colonial e antinacional do que a banalização e a "corrupção" do político, una vez que a Política, como ensina Dussel, é uma atividade nobre composta de ações, instituições e princípios...</p><p style="text-align: justify;">Quem desacredita a política satisfação das necessidades coletivas faz a pior corrupção para uma República dita democrática, ainda que formalmente. </p><p style="text-align: justify;">Nesse difícil tempo alargadamente pandêmico, a falta de formação de consciência sobre os reais problemas do Brasil é o pior vírus a ser enfrentado. </p><p style="text-align: justify;">Educação política das bases precisa é uma imunização que precisa ser urgentemente buscada, em especial para a "classe trabalhadora", especialmente quando esta, de algum modo, em alguma fração, chancela ou tolera a violação sistemática e permanente de direitos humanos arduamente conquistados (muitos dos quais sequer foram efetivados).</p><p style="text-align: justify;">A frágil e hoje agonizante democracia brasileira está aí, prestes a ser reinventada e, sobretudo, como ensina NILDO OURIQUES, "adjetivada"...</p><p style="text-align: justify;">Por um "Dia da Pátria" com mais consciência e formação política do povo brasileiro, sem rebaixamento e banalização da Política e da sua própria estruturação jurídica pela Constituição, mesmo quando essa, nos seus limites, na prática, serve para a reprodução e perpetuação das desigualdades do capital. </p><p style="text-align: justify;">Quando a mais limitada dimensão democrática da democracia formal como a representação em um de seus mais elevados graus é pobre, baixa e ignorante, tanto pior. Maior a crise a agonia da própria democracia no que pode ter de poder realmente transformador. </p><p style="text-align: justify;">Infeliz de quem ainda, por ingenuidade, ignorância ou teimosia, crê no "mito" que mente...a "nossa democracia", na sua essência, há de ser muito mais do que hoje aparece na superficialidade como aparência. "Quem autoriza" o seu apodrecimento precisa repensar qual é o seu lugar e responsabilidade.</p><p style="text-align: justify;">Para quem o tempo político pode estar acabando? Para quem adora ditadura sob um falso grito de pátria, deus, família e liberdade. Esta é a verdadeira prisão e "açoite" do que ainda sobrou da nossa hoje envergonhada democracia em que o dito "mercado" teima em violar direitos humanos.</p><p style="text-align: justify;">Quem nega as condições de reprodução e desenvolvimento da vida de um país soberano e verdadeiramente independente há de enfrentará as consequências da própria miséria política, moral e intelectual. Nunca poderá reduzir ou achar que encarna alguma "democracia" do tamanho da nossa.</p><p style="text-align: justify;">A implacável história no seu materialismo dialético não absolverá (nem representante...nem supostos representados). Não mesmo. "Tudo"? Acho que logo ali não será mais "nada", a não ser quando, de algum modo aliviados, olharmos para trás para ver o tamanho do estrago. Se ontem passaste e hoje ainda passas, amanhã certamente não passarás. </p><p style="text-align: justify;">Feliz 07 de setembro de 2021 para um país que, não só nas capitais, mas sobretudo no seu interior, a despeito da aparente cegueira de muitas e muitos, precisa "esperançar" a sua (re) construção democrática substancial e que ainda está erraticamente procurando a sua independência e"libertação" em muitos sentidos. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><br /><p></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-16963459911002628392020-08-13T10:43:00.005-03:002020-08-13T15:59:41.538-03:00De quais "reformas" o Brasil realmente precisa? <p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-9pn_3u7_fEk/XzU-J7JBInI/AAAAAAAAAfM/a13k2EcdXYstn-WDxu1FeSQXl_KaHE5YgCLcBGAsYHQ/s950/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-08-13%2Ba%25CC%2580s%2B10.17.40.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="838" data-original-width="950" src="https://1.bp.blogspot.com/-9pn_3u7_fEk/XzU-J7JBInI/AAAAAAAAAfM/a13k2EcdXYstn-WDxu1FeSQXl_KaHE5YgCLcBGAsYHQ/s640/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-08-13%2Ba%25CC%2580s%2B10.17.40.png" width="640" /></a></div>O Brasil precisa de "reformas"? Quais os significados desse significante "reformas"? Alguns dirão: reformas verdadeiramente transformadoras e estruturantes. Não de quaisquer "reformas" que, em verdade, "mudem não mudando". Certo, pode ser. Uma delas, inclusive, da qual nada se fala nos "jornalões": a Reforma Agrária!<p></p><p>Há quem, com o olhar atento para a história da América Latina, diga que o Brasil precisa muito mais do que isso. Não por acaso Nildo Ouriques defende a necessidade de uma "revolução brasileira". A Revolução na nossa realidade ainda é uma "ausência". E então, a velha pergunta, o que fazer?</p><p>De <span> qualquer modo, mesmo e</span>ssas eventuais mudanças significativas, na otimista via da "reforma", todavia, certamente não virão de um governo de extrema direita aliado ao "centrão" e ao que existe de pior e mais fisiológico na política brasileira, isso tudo para dizer o menos. Muitas outras e igualmente comprometedoras podem ser as relações. </p><p>Por mais que os defensores do "mercado" repitam, como mantra, a necessidade ampla e genérica de "reformas" (ontem a previdenciária e a trabalhista; hoje a tributária e a administrativa; amanhã a política etc), é preciso discutir quais seriam as suas bases e razões. </p><p>A revolução ou mesmo as "reformas" de verdade que o Brasil precisa para ser um país soberano menos desigual e dependente não passam pelo enfraquecimento do Estado brasileiro, pelo menos para o propósito que justifica a existência do próprio Estado como ficção. Se há um Direito do Estado, um Direito Constitucional, um Direito Administrativo, certamente que é para um determinado propósito de um Estado construído para as pessoas, não para o mercado. Projetar um país e o seu desenvolvimento (melhor do que isso, "bem viver") em todos os níveis, inclusive social, vai muito além disso.</p><p>Aliás, sempre bom lembrar, qual é o paradigma do Estado brasileiro? Um Estado Democrático de Direito que precisa buscar a transformação social (artigo 1o, parágrafo único, da Constituição). Goste-se ou não, esse é o projeto constitucional (ainda um tanto quanto descumprido, a despeito de diversas "emendas" à Carta Cidadã de 1988).</p><p>Uma pergunta importante é se as ditas e solicitadas "reformas" são para o "Estado" brasileiro ou para o "mercado". Desnecessário dizer que na dita e tacanha "agenda liberal", essa mesma defendida por muitos editoriais da grande mídia, não há espaço para outra coisa a não ser o endeusado "mercado". O mesmo "amor" que sobra ao mercado é o "ódio" destinado ao Estado na sua pior e mais estigmatizada "versão" (o mesmo que, paradoxalmente, é chamado a todo tempo para socorrer o mercado nas muitas crises do "capital" - esse sim o pior e mais letal vírus).</p><p>Assim, não é preciso muito esforço crítico para se saber que as defendidas "reformas" não são para cumprir o projeto do Estado constitucional brasileiro na sua eficiência, mas apenas para atender a interesses declarados (e não declarados) do "mercado". </p><div>A única "liberdade" que instiga a mobilização por ditas "reformas" da ala econômica do atual governo é uma só: a do "mercado", não a da vida concreta das pessoas em um país de marcante desigualdade e injustiça, ainda mais acentuadas em tempos de pandemia. Mesmo nesse novo tempo do mundo, assiste-se a um "velho normal": é o "mercado" que precisa ser protegido, não o "povo brasileiro" no seu conceito mais restrito.</div><p>A única "radicalidade" que interessa a "essa turma", no seu egoísta e mesquinho horizonte neoliberal como "razão do mundo", não raro movida por uma lógica de "morte" (portanto, negadora da "vida"), é a do "mercado". O "mercado" é a única vida que importa. Ele é um culto "monoteísta" sempre reverenciado.</p><p>Não por acaso, essa mesma gente tacanha ironiza e ridiculariza a expressão "genocídio". À "necropolítica" que louva "ditadores" e "ditadura" definitivamente não importam as "mortes em massa". </p><p>É por isso que o mesmo "teto de gastos" que se pretende aplicar na saúde e educação não serve para os "bancos". </p><p>Da mesma maneira que a discutida "reforma tributária" dificilmente trará a tributação das "grandes fortunas"(cada vez maiores) e dos "dividendos", enfim, do conhecido "andar de cima". Já os "livros" e as editoras independentes: ah esses são "objetos perigosos"! (resta saber para quem...).</p><p>É nessa conjuntura que a pobreza do noticiário jornalístico da "grande imprensa" dos últimos dias nos desafia a refletir. Em meio a uma pandemia mortífera, afinal, o quê deveria representar a comentada e ruidosa"saída" de dois auxiliares da equipe e do "time" de Paulo Guedes como Ministro da Economia? Os "textos" e justificativas especulados ou confessados para as saídas dizem muito a quem tiver mínimo espírito crítico. Ali, certamente, não houve uma renúncia por "razões de Estado", ao menos se compreendermos o Estado brasileiro pelo que exige a Constituição. Os interesses certamente são outros...</p><p>Ora, a pior e mais preocupante e progressiva "debandada" proporcionada pelo governo Bolsonaro que merece ser efetivamente lamentada é uma só: "debandada" de direitos. Enfraquecimento da democracia. Desrespeito aos direitos humanos, um dos quais a saúde. Outro, o meio ambiente. E muito mais. Ao que se diz, outra "debandada" que dizem que é questão de tempo para se efetivar é a do "ainda" Ministro Paulo Guedes. O Ministro exemplar de uma "economia dependente". Aquele que, com pouco "saber" ao fundo, valendo-se do "poder" que o cargo ora lhe confere, ora vocifera lunaticamente na "curva em v", ora parece prostrado e desconfortável em um trágico (des) governo.</p><p>Isso porque a "agenda" deste governo Bolsonaro é muito pior do que simplesmente "liberal". Ela é vergonhosamente "dependente". É tudo, menos "Pró-Brasil". Isso tudo em um atrapalhado e babilônico (des) governo "cheio" de militares (o dito partido ou "núcleo fardado" que ainda cerca e protege o "capitão"). No mínimo curioso. </p><p>Perceba-se que Maia e Alcolumbre (e muitos outros, incluindo boa parte da "grande imprensa") definitivamente não são adversários desse "projeto" de governo. São "aliados". O trem "político" é o mesmo, só muda o vagão.</p><p>Se as tímidas e até mesmo conservadoras "reformas de base" propostas por Jango levaram à Ditadura de 1964/1985, o que poderá ocorrer no dia que o Brasil pretender reformas estruturantes e necessárias para modificar o Estado brasileiro? Não por acaso que no horizonte da intelectualidade brasileira não dependente, como é o caso de Nildo Ouriques, que sabe a lição e o aprendizado da história no "sul" do mundo e na América Latina, subsista a proposta de muito mais do que uma reforma, uma "revolução". Desprezando a "ciência" e sem a mudança de "cultura", como chegar lá? </p><p>Sobra espaço para algum otimismo na vontade e pessimismo na razão? Talvez.</p><p>Será muito imaginar o fim da pandemia com algum espaço para a "democracia radical" voltar à cena? Eis aí um elemento ainda pouco e insuficientemente estudado e sempre indeterminado e potente (inclusive porque representa a "potentia", o poder em si que, como Dussel ensina, é sempre do povo) que pode levar para algum "novo lugar", ainda que seja o da "reforma" tática e não da "revolução" (brasileira) como estratégia.</p><p>A história terá muito para contar desses nossos tristes tempos pandêmicos. A ver o que virá. Fiquemos atentos e vigilantes pela democracia substancial e transformadora no conjunto de suas múltiplas cores e dimensões. Essa mesma democracia, especialmente aquela de alta intensidade que, de algum modo, há de nos tirar de um eclipse que logo ali, poderá nos abandonar na mais completa escuridão.</p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p>RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-89993727317311584352020-06-11T14:23:00.000-03:002020-06-11T14:23:00.567-03:00A perda de Carlos Lessa: um economista estruturalista preocupado com o Brasil<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Do8s5OAon0Q/XuJgP96PWyI/AAAAAAAAAeU/-Y7dQcscbNMYR9qrHEIZ4HI01irHLOVMwCLcBGAsYHQ/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-06-11%2Ba%25CC%2580s%2B13.30.24.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="963" data-original-width="1600" height="192" src="https://1.bp.blogspot.com/-Do8s5OAon0Q/XuJgP96PWyI/AAAAAAAAAeU/-Y7dQcscbNMYR9qrHEIZ4HI01irHLOVMwCLcBGAsYHQ/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-06-11%2Ba%25CC%2580s%2B13.30.24.png" width="320" /></a></div>
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"Qual é o Brasil que nós queremos? Eu tenho um Brasil do meu sonho e do meu coração [...] Esse não é um sonho compartilhado de maneira inequívoca. Acho que nós temos que avançar nessa discussão [...] O debate brasileiro ainda não está centralizado sobre o Brasil que nós queremos! [...] Qualquer saída brasileira passa por pensar uma alternativa a essa falta de centralidade" </div>
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<b>Carlos Lessa, em entrevista ao Programa Faixa Livre, 05 de janeiro de 2017. </b></div>
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A economia brasileira perdeu um importante diferencial no último 05 de junho.</div>
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O falecimento de Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa - Professor emérito no Instituto de Economia da UFRJ e em diversos outros espaços de ensino e produção de saber, que também chegou a ser Reitor da mesma universidade (entre julho de 2002 a março de 2003) - aos 83 anos, evoca um luto significativo e o "vazio" próprio daqueles que, na sua vida transformadora, impactam positivamente a realidade.<br />
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Lessa era um economista defensor da universidade pública brasileira, motivo a celebrar em tempos em que a economia brasileira do governo ainda "de turno" é liderada por um Ministro que, em reunião ministerial, confessou o desejo de colocar uma "granada" no servidor (e por consequência no serviço) público.</div>
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Lessa graduou-se pela UFRJ em 1959, tornou-se Mestre em Análise Econômica pelo Conselho Nacional de Economia e Doutor em Ciências Humanas pela Unicamp (1980).</div>
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Mais uma vítima ilustre da pandemia COVID-19, ele sim era um verdadeiro apaixonado pelo Brasil e pelo Rio de Janeiro que, na sua palavra, agregava "melhor e o pior" do Brasil. Não por acaso fundou o Instituto da Brasilidade.</div>
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A parte final até hoje não aplicada na prática pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e "Social"- BDE<b>S</b>, instituição que também chegou a ser Presidente entre 2003 e 2004, é mérito seu e de suas ideias. </div>
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Entre elas, também havia espaço com a preocupação sobre a cidade, diante da constatação de que o Brasil é um país urbano "metropolizado" sem uma discussão séria sobre a questão "metropolitana".</div>
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Além disso, apostava na juventude. "A juventude, que posição vai assumir? Uma coisa essa juventude sabe ou está percebendo de maneira cada vez mais intensa. Não há saída de globalização. Ou a saída é procurada pela unidade, reflexão e organização da vida nacional ou não tem solução" e na busca de um "outro modo de ser" pela nova geração que estaria se gestando em condições de mudar o país, como mostraram as ocupações escolares da qual também foi entusiasta.</div>
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Carlos Lessa era um economista que, na sua concepção estruturalista, tinha a dimensão da importância da democracia para um verdadeiro desenvolvimento.</div>
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Lessa também foi autor de diversos livros sobre não apenas sobre economia, mas sobre cultura e história. Do seu "Manual de introdução à economia" ao "Rio de todos os Brasis", seus escritos e palestras serviram como registro de um saber econômico menos colonial. </div>
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Pelo que se pôde ouvir de suas falas em tempos recentes, além da falta de um projeto nacional, da ânsia pelo "Brasil que queremos", preocupava-lhe o genuíno desenvolvimento e a necessária soberania econômica do Brasil (inclusive, por exemplo, a capacidade ociosa da indústria metal-mecânica automobilística, a aposta na "construção civil" e a busca do desenvolvimento pela "casa própria" como um denominador comum com capacidade de mobilização da sociedade em um dos poucos segmentos com certa hegemonia nacional, à aposta transformadora em possibilidades de economia popular etc), aspectos muito importantes, especialmente em tempo em que o governo de turno mostra todo o seu "entreguismo".</div>
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Em suma, perdemos um grande "intérprete" econômico de um Brasil mais independente e justo.</div>
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Fará muita falta não mais poder ouvir Carlos Lessa falar sobre a "situação do Brasil", como fez, por diversas vezes, no Programa Programa Faixa Livre (www.faixalivre.org.br). Foi no Programa Faixa Livre (do qual era um confesso ouvinte), aliás, que, em janeiro de 2017, além de outras ideias aqui destacadas, o Professor Carlos Lessa bem diagnosticava que a nossa crise continuaria amadurecendo. Estava certo. </div>
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RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-42376224392302884022020-06-06T08:35:00.006-03:002020-06-06T12:19:05.528-03:00Ricardo Antunes está certo: o Brasil quer mesmo a "copa" mortífera da COVID-19...<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-k1gNkPvvi14/Xtt8b7ojDRI/AAAAAAAAAeI/scmt_8xrDcc3FqhfNRt07dbAO-C55ff3QCLcBGAsYHQ/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-06-06%2Ba%25CC%2580s%2B08.21.50.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="956" data-original-width="938" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-k1gNkPvvi14/Xtt8b7ojDRI/AAAAAAAAAeI/scmt_8xrDcc3FqhfNRt07dbAO-C55ff3QCLcBGAsYHQ/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-06-06%2Ba%25CC%2580s%2B08.21.50.png" width="313" /></a></div>
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Eu já devia imaginar que a pandemia iria ter um retrato ainda mais triste e genocida na periferia do mundo capitalista. No "sul do mundo" as dores são sempre piores. </div>
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A pandemia anunciada inicialmente como de propagação "democrática" e independente de raça ou classe social, progressivamente, em meio a um cenário de gente sem casa ou com moradias precárias, sem saneamento básico, com um sistema público sucateado e subfinanciado e em um cenário de uma assistência social débil e cambaleante sem ações, programas e políticas públicas suficientes, em meio ao "cassino" do capital, mostra que, sim, ela se transmite com maior velocidade no cenário da pobreza e da desigualdade.</div>
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Mas não só: pobreza, desigualdade, irresponsabilidade e insensatez.</div>
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Por mais "esforçados" que pareçam, nossos meios de comunicação (mesmo os mais progressistas) não conseguem se engajar (e impactar) da mesma maneira do que fizeram há poucos dias, quando o COVID-19 era uma "novidade", quando as mortes para mais de mil ocorriam na Itália, na Espanha, na França e nos Estados Unidos, para ficar em alguns reduzidos exemplos.</div>
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Como entender que um cuidado necessário (em um cenário com praticamente a ausência de outras alternativas) iniciado em meados de março possa ser "flexibilizado" em pleno junho justamente quando o país não atingiu o sinistro pico de infectados e mortos pelo "coronavírus" (que infelizmente, já superam as dezenas de milhares)? </div>
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O Brasil será um caso único no mundo de desprezo deliberado à vida em meio ao caos pandêmico e suas múltiplas crises (sanitária, social, política e econômica). </div>
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Eu gostaria muito de acreditar que a postura tem alguma razão técnica, sanitária ou epidemiológica para essa "flexibilização" em plena pandemia, mas olhando para a trajetória de alguns "representantes" eleitos, sinceramente prefiro não me iludir. Melhor aceitar que o "mercado", de fato, para muitos, vale mais do que os "direitos humanos". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Brasil é o único país que trocou dois Ministros da Saúde em plena pandemia. Como se não fosse suficiente, nós, que tivemos a Ditadura como o maior câncer da nossa história recente (depois do colonialismo), temos um Ministro de Saúde interino que, pelo que se vê, pouco entende ou sabe não só de saúde pública, mas também da ideia de República, pois nela a "pátria" é muito maior do que o desejo de plantão do governante de passagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Acima de tudo" e de "todos" permanecemos regidos, em maior ou menor grau, por diversos (des) governos que, por suas ações e omissões cotidianas, mais concentradas ou diluídas, em diversas esferas federativas, vão da estupidez à insensatez, flertando com a canalhice e abraçando a "necropolítica". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a isso (e às muitas outras desgraças do cotidiano, como a triste morte de uma criança quando sua mãe trabalhadora passeava com o cachorro da patroa), ouço a notícia de que o "dólar caiu" e que a Bolsa se aproxima de uma centena de milhares de pontos. É, é duro dizer, mas muitos certamente acham que os pontos da Ibovespa valem mais do que os pontos negros dos "alvéolos" pulmonares, dos pontos ainda não atingidos nessa curva mortal na qual mergulhamos há semanas, dos pontos que, até aqui (e infelizmente vai piorar), impedem, no mínimo (porque na verdade a estatística real é ainda mais perversa) uma brasileira ou um brasileiro de respirar por minuto!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a isso, o Presidente da República eleito (e graças "às instituições em funcionamento" ainda no cargo) mimetiza "Trump" e ameaça sair da Organização Mundial da Saúde, o mesmo "Trump" que anuncia o momento difícil do Brasil frente à pandemia posando agora de "responsável".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como admitir que um Presidente possa anunciar uma propositada omissão de informação sobre um dado sanitário essencial como o número de mortos nas últimas 24 horas (ainda que esse número seja provavelmente muitas vezes menor do que a realidade diante de um cenário de ausência de testes e de escancarada subnotificação)? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vidas brasileiras importam ou não? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu felizmente ainda não perdi nenhum familiar, amiga ou amigo pela COVID-19, mas já soube de diversas pessoas de minhas relações diretas ou indiretas que passaram por isso. Será muito pedir um mínimo de "alteridade" e "respeito" pelas pessoas que sequer puderam velar adequadamente a morte e a última hora dos seus? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como disse o Professor Ricardo Antunes outro dia (em evento do MP Transforma), o Brasil parece estar realmente olhando para a pandemia e pensando..."essa copa tem que ser nossa".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Será mesmo? </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-48789042818583045222020-05-16T08:46:00.002-03:002020-05-16T08:46:25.625-03:00Sobre limites e responsabilidades: o texto de "Mourão" no Estadão, "decrifa-me ou..."<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Q99Rs6ppO50/Xr_RN8_EPSI/AAAAAAAAAdg/pPIC7sY7B_Im9-wp1uItVWYR8s0g9MKsQCLcBGAsYHQ/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-05-16%2Ba%25CC%2580s%2B08.39.01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="838" data-original-width="1258" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-Q99Rs6ppO50/Xr_RN8_EPSI/AAAAAAAAAdg/pPIC7sY7B_Im9-wp1uItVWYR8s0g9MKsQCLcBGAsYHQ/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-05-16%2Ba%25CC%2580s%2B08.39.01.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O Vice-Presidente da República (que, importante lembrar, goste-se ou não, é tão "eleito" quanto o Presidente da República, o que vale para dizer que não será "golpista" caso eventualmente assuma, mas também para reconhecer que eventuais vícios no processo eleitoral das Eleições de 2018 podem necessariamente alcançar a legitimidade da sua escolha), Antonio Hamilton Martins Mourão, também conhecido como "General Mourão", publicou um texto em 14 de maio de 2020 no Estado de São Paulo denominado "Limites e responsabilidades".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na estrutura dos seus argumentos, pode-se destacar 17 (o número é mera coincidência, será?) pontos: </div>
<div style="text-align: justify;">
1) "que a pandemia de covid-19 não é só uma questão de saúde; por seu alcance, sempre foi social; pelos seus efeitos, já se tornou econômica; e, por suas consequências pode vir a ser de segurança"; </div>
<div style="text-align: justify;">
2) que no enfrentamento da pandemia "nenhum vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil"; 3) crítica da "polarização que tomou conta de nossa sociedade", pois até mesmo a "opinião, que no Brasil corre o risco de ser judicializada"; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>4) que o essencial para qualquer problema é "sentar à mesa, conversar e debater";</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
5) que a imprensa precisa "rever seus procedimentos nesta calamidade", pois "opiniões" (...) "devem ter o mesmo espaço nos principais veículos de comunicação";</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>6) que o ambiente de convivência e tolerância deve vigorar numa democracia; </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>7) "degradação do conhecimento político";</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
8) que o Brasil não é uma confederação, mas uma "federação"; </div>
<div style="text-align: justify;">
9) que os Estados da federação não estariam procedendo com boa-fé; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>10) que tudo isso prejudica a "imagem" do Brasil no exterior; </b></div>
<div style="text-align: justify;">
11) que a acusação da "destruição da Amazônia e no agravamento do aquecimento global" é "leviana", pois "haveria um "esforço do governo para enfrentar o desafio que se coloca ao Brasil naquela imensa região, que desconhecem e pela qual jamais fizeram algo de palpável"; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>12) que a situação é grave, mas não é insuperável, "desde que haja um mínimo de sensibilidade das mais altas autoridades do País"; </b></div>
<div style="text-align: justify;">
13) Que as medidas isolamento social foram "desordenadas"; </div>
<div style="text-align: justify;">
14) que a economia do país está paralisada e que há ameaça de desorganização do sistema produtivo, citando como exemplo "as maiores quedas na exportações brasileiras de janeiro a abril deste ano foram as da indústria de transformação, automobilística e aeronáutica, as que mais geram riqueza"; <b>15) que a "catástrofe do desemprego está no horizonte; </b></div>
<div style="text-align: justify;">
16) "enquanto os países mais importantes do mundo se organizam para enfrentar a pandemia em todas as frentes, de saúde a produção e consumo, aqui, no Brasil, continuamos entregues a estatísticas seletivas, discórdia, corrupção e oportunismo"; </div>
<div style="text-align: justify;">
<b>17) que "há tempo para reverter o desastre", "basta que respeitem os limites e as responsabilidades das autoridades legalmente constituídas".</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No seu texto constam algumas ideias sobre diversos e variados temas. Pandemia no mundo e no Brasil. Suposto isolamento social "desordenado". A importância do diálogo e da tolerância na política e na democracia. Crítica à imprensa e falta de isonomia na circulação da opinião. Judicialização. Federação brasileira e o papel dos Estados. Meio Ambiente e Amazônia. Economia e industrialização do país. Falta de "sensibilidade das mais altas autoridades do País". Estatísticas seletivas. Discórdia. Corrupção. Oportunismo. Desastre. Responsabilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sob o ponto de vista de amparo referencial ao que se afirma, o mais próximo que há no seu texto é citação da Constituição dos Estados Unidos (17 de setembro de 1787) e em citações de dois "federalistas", no caso, John Jay, James Madison, para depois chegar em Amaro Cavalcanti em uma obra do século XIX.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo assim, como mostram os trechos em destaque, a depender da interpretação, é possível concordar com parte das ideias lançadas no seu texto, dependendo da justificativa para o argumento e de quem sejam os seus destinatários. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sociedade brasileira, no seu todo, precisa discutir e preocupar-se a a partir desse texto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre as muitas perguntas (e respostas e contestações igualmente possíveis a diversas afirmações, algumas das quais são de outro lado inaceitáveis, dependendo de novo da interpretação) destaco uma: qual é o principal significado ou a essência da "crítica" de Mourão? A quem ela se dirige? Em parte, ao próprio governo? Quais trechos desse texto seriam destacados por ele como os principais momentos da sua "mensagem" à nação? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou o texto é mesmo como parece, propositalmente dúbio e confuso, como é o governo do qual o "General" ora investido de "Vice-Presidente" forma parte? </div>
<br />
Não será melhor tentar "decifrar" os enigmas do texto antes que corramos o risco de sermos "devorados" pelo seu autor logo ali adiante?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-45011423488454599802020-05-02T10:01:00.000-03:002020-05-02T10:01:47.172-03:00União Europeia e COVID-19: um fracasso<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-Hr2qgH5Nnnk/Xq1vM1aPAOI/AAAAAAAAAdQ/hWH69z5QTSc27IbEmUKnQkQxs4Zf4hfXQCLcBGAsYHQ/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-05-02%2Ba%25CC%2580s%2B10.00.46.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="710" data-original-width="1106" height="205" src="https://1.bp.blogspot.com/-Hr2qgH5Nnnk/Xq1vM1aPAOI/AAAAAAAAAdQ/hWH69z5QTSc27IbEmUKnQkQxs4Zf4hfXQCLcBGAsYHQ/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-05-02%2Ba%25CC%2580s%2B10.00.46.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A terrível pandemia COVID-19 (mesmo com sua letalidade aparentemente subavaliada, com números certamente maiores que os oficiais), entre diversas outras reflexões, coloca em teste forte, a União Europeia e seu projeto multilateral.</div>
<br />
A falta de cooperação inicial do bloco europeu com o problema (iniciado na Itália e até aqui o país europeu mais duramente afetado pela pandemia), o fechamento de fronteiras como solução egoísta, a falta de solidariedade e incapacidade para ajuda recíproca colocaram o modelo da União Europeia em discussão, pelo menos para uma crise sanitária como essa.<br />
<br />
Até agora assistimos, no geral, a ideia de "cada um por si" e nada de uma União Europeia eficaz e eficientemente "por todos", o que enfraquece o importante ideal comunitário, alimentando discursos xenófobos e de extrema-direita já existentes.<br />
<br />
Na projetada geopolítica pós-pandemia, de um mundo mais globalizado, "cartelizado" e tecnológico, é de se questionar qual será o lugar de uma União Europeia já enfraquecida com a saída do Reino Unido e com o fato de outros países cogitarem uma resposta similar.<br />
<br />
Ontem, uma matéria do "Le Monde" mostrou como parte dos dirigentes da União Europeia subestimaram a pandemia.<br />
<br />
Um bom exemplo passa pela postura da sueca Ann Linde, em entrevista dada em 10 de março. Questionada sobre o problema das mortes na Itália, afirmou que "a saúde é da competência dos Estados, não da União Europeia", limitando-se a dizer que estava "acompanhando a situação na Itália".<br />
<br />
Será que a União Europeia tinha e tem uma preocupação comunitária na perspectiva sanitária?<br />
<br />
Quem achava que uma crise sanitária não desencaderia uma crise política ou mesmo um colapso econômico (este, já anunciado por Christine Lagarde, Presidente do Banco Central Europeu)?<br />
<br />
Fala-se numa redução de PIB na zona do euro de 5% a 12% ao ano. Resta ver como responderão as quatro maiores economias (65% da soma das economias do bloco), 3/4 delas atingidas fortemente pela pandemia: Alemanha, França, Itália e Espanha,<br />
<br />
Mais: qual será a proposta de (re) industrialização da Europa pós COVID-19, inclusive para os insumos de saúde necessários para assegurar a sua "soberania"?<br />
<br />
A estrutura multilateral da Europa e o projeto da União Europeia sucumbiram até aqui ao COVID-19. Mas pode ser pior. Isso porque pode estar em jogo o começo do triste fim da União Europeia.<br />
<br />
O desafio está na mão dos políticos europeus, em especial para Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia em começo de mandato, iniciado em 01 de dezembro de 2019.<br />
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-15782967322258950182020-04-26T09:32:00.001-03:002020-04-26T09:45:33.292-03:00O novo tempo do mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-FrGmaQsIewQ/XqV--NeySgI/AAAAAAAAAdE/FcsMjf7wiv8DMlczhX2HzldY4ueGw-CRwCLcBGAsYHQ/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-04-26%2Ba%25CC%2580s%2B09.30.10.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="760" data-original-width="748" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-FrGmaQsIewQ/XqV--NeySgI/AAAAAAAAAdE/FcsMjf7wiv8DMlczhX2HzldY4ueGw-CRwCLcBGAsYHQ/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2020-04-26%2Ba%25CC%2580s%2B09.30.10.png" width="314" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estamos no permanente debate entre a crise sanitária e a econômica. De ambas depende a perpetuação do melhor parâmetro filosófico: o paradigma da vida concreta, próprio da Filosofia da Libertação. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A saúde e a economia são os principais assuntos que percorrem o mundo em diferentes narrativas e perspectivas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estamos em um intervalo de tempo que permite repensar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os modelos hegemônicos estão sob discussão em um contexto geopolítico complexo que permite muitos diagnósticos e projeções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A propósito, muitos já falam em uma nova "Guerra Fria" entre China e Estados Unidos. A Europa começa a repensar a necessidade de revisar o seu projeto de industrialização. Todos "dependem" da China para quase tudo, o que faz da soberania um recurso meramente retórico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tanto os sistemas de saúde (públicos/privados) como o capitalismo (o "dito" modelo que dizem funcionar - e realmente funciona, só que para uma minoria nos movimentos de M e W do "deus mercado") mostram os seus grosseiros e vergonhosos limites.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Especialmente no Brasil, o SUS - maior plano de saúde do mundo está posto a prova. O seu desmonte gradual ao longo dos anos, em especial desde o Governo Temer, somado a falta de prioridade à atenção primária, deveriam estar em pauta. Infelizmente faltam (e sempre faltaram) leitos de UTI, só que agora a morte é concentrada, nacional e mais evidente. O Judiciário continua sem resolver vem o problema da tutela coletiva, em especial na saúde. Isso torna o nosso quadro ainda mais preocupante, especialmente diante de uma "necropolítica" sanitária de desmantelamento e subfinanciamento do SUS que não é de hoje. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O capitalismo está diante de uma nova crise (a frequência entre uma e outra parece menor), só que agora diferente das demais. A dita "volatilidade" do mercado serve para mostrar algo que é da natureza do modelo: mais concentração e mais desigualdade. É uma seleção natural dos mais fortes (que o diga a Amazon com os seus quase 600.000 empregados nos Estados Unidos). É para esses mais "fortes" que o Estado sempre acena.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O mundo todo discute o papel do Estado na economia. Engraçado que, nessa hora, todos parecem "keynesianos".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, para além disso, há um importante debate comportamental: e experiência desse novo e único tempo do mundo muda exatamente o quê? Qual a responsabilidade de cada um pelas escolhas nesse momento de "restrição"?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que muda no plano pessoal? Hora da união da família aumentar ou dissolver de vez? Hora de repensar relacionamentos, refletir sobre deveres e obrigações domésticos? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E no plano profissional? Todo mundo, mais do que nunca, impactado pela tecnologia. Hora de aprender que precisamos pensar em novas formas de trabalhar? Espaço para aumento da super e autoexploração? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E no plano político? Será que os partidos políticos aproveitarão a oportunidade para a necessária reinvenção e formação de base? E os sindicatos? E a "demonização" da política, aumenta ou diminui? O que esperar da "democracia"?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para alguns, nada vai mudar. A volta gradual da rotina (no cenário mais otimista, em meses) restabeleceria a normalidade e deixaria toda a angústia para trás.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para outros, esse período abre um período de reflexão, um repensar de escolhas de consumo e, portanto, uma forte crise de demanda.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como toda a crise, aberta estão as oportunidades para o descobrimento da autenticidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se...? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É tempo de incerteza, mas, ao mesmo tempo, de inevitável mudança. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-52183952667820212842019-06-21T12:37:00.000-03:002019-06-21T12:37:09.908-03:00O desmembramento de um corpo dentro de um consulado: a brutal morte de Jamal Klashoggi <div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-U8JISqwZPA8/XQz5nevZzZI/AAAAAAAAAbU/fAuyxIpK1qg5VTEpOk7S4LqRa-LVSayoACLcBGAs/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-06-21%2Ba%25CC%2580s%2B12.36.39.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="808" height="241" src="https://1.bp.blogspot.com/-U8JISqwZPA8/XQz5nevZzZI/AAAAAAAAAbU/fAuyxIpK1qg5VTEpOk7S4LqRa-LVSayoACLcBGAs/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-06-21%2Ba%25CC%2580s%2B12.36.39.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
O que fazer quando um jornalista árabe residente na Turquia comparece a embaixada de seu país para obter documentos para um casamento e de lá não mais retorna, sabendo-se que foi assassinado com fortes provas de que sua morte foi uma encomenda política? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Isso ocorreu em 02 de outubro de 2018, em Istambul, na Turquia, vitimando o jornalista Jamal Klashoggi, que teria sido morto com uma injeção letal e posteriormente teve o corpo desmembrado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
No último dia 19 de junho a ONU, por intermédio de seu Conselho de Direitos Humanos, sob o comando de Agnès Callamard, publicou um dossiê sobre o assunto, responsabilizando o Estado da Arábia Saudita sobre o crime, inclusive suspeitas de participação do Príncipe herdeiro Mohammed Ben Salman (MBS).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Khashoggi era um crítico contumaz do autoritarismo de MBS no seu privilegiado espaço no Washington Post. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Ao que consta, 15 pessoas estariam envolvidas no assassinato premeditado, inclusive um médico legista (Salah Al-Tubaigy) e um conselheiro de MBS chamado Saoud Al-Qahtani. O primeiro está sendo investigado; o segundo não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Somente em 15 de outubro a Polícia Turca conseguiu periciar o local do crime. O Cônsul Árabe na Turquia deixou o país no dia 16 de outubro sem consequência. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
A investigação conduzida pelos Árabes é obviamente sem credibilidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
Houve gravações do serviço secreto turco dentro do Consulado que permitiram desvendar o crime. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
A Comunidade Internacional não fará nada a respeito? Os interesses comerciais do petróleo valem mais do que o esquartejamento de um jornalista dentro de um espaço oficial consular? <o:p></o:p></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-72799555676657985632019-06-08T16:44:00.002-03:002019-06-08T17:08:47.325-03:00Adeus ao mestre do heavy-melódico brasileiro: André Matos <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-hzj-fPPga-c/XPwQCZiYeLI/AAAAAAAAAbI/KfoFO3s_joIGf308FC3bsjECEq4Xh7qSACLcBGAs/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-06-08%2Ba%25CC%2580s%2B15.59.58.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="746" data-original-width="1392" height="171" src="https://1.bp.blogspot.com/-hzj-fPPga-c/XPwQCZiYeLI/AAAAAAAAAbI/KfoFO3s_joIGf308FC3bsjECEq4Xh7qSACLcBGAs/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-06-08%2Ba%25CC%2580s%2B15.59.58.png" width="320" /></a></div>
<br />
"There's nowhere else to be. And no place to return.[...] At times my
conscience speaks, but now it's more and more. The day i'm waiting
for..." Rio (Time do be Free). André Matos/Hugo Mariutti<br />
<br />
O
dia 08 de junho de 2019 (um raro sábado no outono quase inverno de
Curitiba) marca a morte e a despedida de um dos maiores e mais
talentosos músicos brasileiros de todos os tempos. Um dia triste.<br />
<br />
A
morte prematura aos 47 anos do precioso André Matos deixa um vazio nos
seus fãs do Viper, Shaman e, sobretudo, do Angra, uma das maiores e
melhores bandas brasileiras.<br />
<br />
Todos seus fãs ainda esperavam vê-lo no palco do Angra, de novo, como ele vez com o Viper há não muito tempo. <br />
<br />
Aos
13 anos, André já tinha uma promissora carreira iniciando com o Viper.
De 1993 a 2000 fundou e fez a maior e mais estupenda fase do Angra.
Depois veio o Sha(a)man e, enfim, a carreira "solo" (escrevo em aspas
porque qualquer banda que tinha André Matos no seu quadro sabia o quanto
ele brilhava sozinho, como sol, não só para ele, mas para todo o
conjunto).<br />
<br />
O virtuosismo de André Matos sempre foi reconhecido nacional e mundialmente.<br />
<br />
Ter
vendido mais de um milhão de cópias e ter desfrutado de sucesso mundial
não é suficiente para descrever a dimensão da sua grandeza musical.
Será preciso muito mais para fazer jus a sua biografia.<br />
<br />
O seu extraordinário talento e capacidade nos fará muita falta. <br />
<br />
Para
além de ser um músico diferenciado, especialmente porque sempre foi
focado em aprimorar seus estudos (bacharel em regência orquestral e
musical com muitos estudos de canto), também era muitas outras coisas
"do humano" como algo definitivamente não lhe era alheio. Corinthiano,
pai do Adrian, falava seis idiomas e também era preocupado com o meio
ambiente e com a causa animal. Isso e muito mais. <br />
<br />
O Bar Opinião foi um dos lugares que pude vê-lo brilhar no palco, sempre fazendo a diferença.<br />
<br />
Agora é só tempo de memória. Infelizmente, é dia de dar Adeus ao Maestro do heavy-melódico brasileiro.<br />
<br />
Se duvidar, o céu está lhe ouvindo cantar, afinado como só ele, Carry On, Wuthering Heights, Reaching Horizons e muito mais. <br />
<br />
Como ensina Reaching Horizons, “i don’t blame the fate but it’s too hard to face the truth (...) the same horizons but in different lands”.<br />
<br class="Apple-interchange-newline" style="-webkit-text-size-adjust: auto;" /><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-51337402051590171052019-02-10T11:24:00.000-02:002019-02-13T00:23:05.316-02:00Por que não acredito no Governo Bolsonaro<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-pP8uaTkvEC8/XGAl63JkjyI/AAAAAAAAAac/qH3Bt9rMHRwXXsoWa4pwN7AisgK-1UY0ACLcBGAs/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-02-10%2Ba%25CC%2580s%2B11.23.29.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="923" data-original-width="1600" height="184" src="https://2.bp.blogspot.com/-pP8uaTkvEC8/XGAl63JkjyI/AAAAAAAAAac/qH3Bt9rMHRwXXsoWa4pwN7AisgK-1UY0ACLcBGAs/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-02-10%2Ba%25CC%2580s%2B11.23.29.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;">"Apesar de você</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Amanhã há de ser</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Outro dia</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Eu pergunto a você</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Onde vai se esconder</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Da enorme euforia"</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial"; font-size: 11pt; font-weight: 700; text-indent: 36pt; white-space: pre-wrap;">Chico Buarque</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b id="docs-internal-guid-2aa4f8f4-7fff-b9d7-4d6e-014ced65fbf8" style="font-weight: normal;"><br /></b>
</div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;">
<div style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">Uso minha liberdade de expressão para dizer que não vejo mínimas razões para acreditar no recém empossado Governo do ex-Deputado Federal, agora Presidente, Jair Messias Bolsonaro. Apesar do seu nome, não o vejo como "salvador" de absolutamente nada. Ao contrário, o vejo como um "risco" e um "perigo" concreto à democracia, à soberania nacional e aos direitos humanos. Um verdadeiro retrocesso. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">Só mesmo um país como o Brasil, que nunca teve justiça de transição, para eleger alguém que não reconhece que tenha havido uma Ditadura Militar (1964-1985) com muitas vítimas. Mais do </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">que isso, quem celebra e zomba da tortura como terror.</span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">Não é possível acreditar em alguém que fala em "verdade" da Bíblia, mas que, quando candidato,fez uma campanha baseada em muita mentira, "acima de tudo" e "acima de todos".</span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> Não é possível ter esperança com alguém que prega a violência e as "armas" como resposta. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> Bolsonaro, parlamentar medíocre por quase trinta anos (sete mandatos), com diversas propostas de leis absurdas e dois projetos aprovados, definitivamente, não tem nada de novo, ainda que incrivelmente tenha conseguido se "vender" como tal. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> Também não acredito que Bolsonaro represente alguma mudança no combate à corrupção. A corrupção também está nos cargos comissionados providos indevidamente, inclusive para familiares. Os fatos (e "costumes") falam por si.</span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> O discurso de ódio (ou odiento) de Bolsonaro é pobre como o senso comum dos seus tuítes. Nele não há nem o mínimo rascunho ou esboço de um projeto para desenvolvimento do país, sobre os nossos reais e históricos problemas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> Bolsonaro fala em submissão ideológica, certamente sem condições de resistir a um debate mínimo sobre o que seja ideologia, inclusive a sua. A sua colonialidade do "saber" dispensa apresentações. Muitas e evidentes são as suas limitações, em todos os sentidos. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> Alguém que promete uma política externa favorável aos excessos Israel, contrária à integração da América Latina e subserviente ao Império Estadunidense, já mereceria todas as reservas. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"></span><span style="font-size: 11pt;">Trata-se da colonialidade do poder posta em prática. </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> E o que dizer de um militar reformado (aliás, sob curiosas e particulares circunstâncias) que, antes de ser um nacionalista de verdade, escolhe um Ministro da Economia (que, como diria Paulo Passarinho, está mais para um "Ministro da Liquidação") que é um "chicago boy" e aparente </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"></span><span style="font-size: 11pt;">"vende-pátria"?</span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">Desculpem os ingênuos ou mal intencionados: esse "mito", para lembrar de Fernando Pessoa, </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">está muito mais para "nada" do que para "tudo".</span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;"> Sem nunca ter tido um governo verdadeiramente de esquerda (muito longe disso), o Brasil está </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">condenado a quatro anos de um governo de extrema-direita, que provavelmente fará muito estrago no já erodido e ausente Estado social brasileiro.</span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 11pt;">Mesmo numa eleição com 30% de abstenção, brancos e nulos, o fato é que a maioria dos brasileiros elegeu o "mito" como Presidente (o "ele sim!" venceu o inédito "ele não") e, agora, justa e merecidamente, deverá provar do seu tosco "gatilho". </span><span style="font-family: -webkit-standard, serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: Calibri, sans-serif; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
</div>
</div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-26173964981124261632019-02-05T07:08:00.002-02:002019-02-05T07:08:46.682-02:00Roma: uma obra bem acabada de Alfonso Cuarón<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-K5iVVbAo-7o/XFlSX2QOnjI/AAAAAAAAAaA/oK_y2sSziukvMSzU02Yp2B0MXPZbWa8GQCLcBGAs/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-02-05%2Ba%25CC%2580s%2B07.02.45.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="862" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-K5iVVbAo-7o/XFlSX2QOnjI/AAAAAAAAAaA/oK_y2sSziukvMSzU02Yp2B0MXPZbWa8GQCLcBGAs/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-02-05%2Ba%25CC%2580s%2B07.02.45.png" width="215" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<b id="docs-internal-guid-a6893475-7fff-4abe-6f9c-b9048f6a904d" style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">O México no começo dos anos 70 em preto e branco, mas pintado com cores vivas do seu presente, a despeito da expectativa de alguns sobre o novo governo. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Luis Echeverría Álvarez, Presidente do México de 1970 a 1976. O sempre latente conflito de terra. A violência dirigida contra o protesto que (depois de Tlatelolco, dias antes dos Jogos Olímpicos, em 02 de outubro de 1968), com a ajuda de um grupo paramilitar a serviço do Estado (Los Halcones) que, munido de bambus e armas de fogo, massacrou estudantes (conhecido como </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">El halconazo)</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;"> no triste 10 de junho de 1971, chancelado por uma brutal e inaceitável impunidade. Essas são algumas cenas de fundo do México daquele tempo. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">No meio disso, no foco principal da lente cinematográfica, a vida de uma família pequeno burguesa entre cães (e seus dejetos), carros e filhos em um bairro de classe média da Cidade do México.</span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Uma empregada doméstica (Cleo) de origem indígena, ora tratada como mera subalterna, ora com alguma humanidade, ora como se realmente fosse alguém da família. As relações de classe. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">A pobreza da periferia da Cidade do México e a falta de saneamento básico. A desigualdade social. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">O compromisso (ou não) dos pais com os filhos e o conflito com o trabalho. A ruptura familiar escondida. A ausência do pai. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">A decepção amorosa. A fatalidade. O sacrifício. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Para além de uma expressão intimista e autobiográfica do Diretor, basta atentar para os principais personagens para perceber que se trata de uma reflexão sobre a condição humana e proletária da mulher com um bom flerte feminista. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Pena que o Cuarón não investiu mais e melhor na contextualização do drama político e social mexicano. Tais questões aparecem latentes, mas de modo não contextualizado e insuficiente. </span></div>
<b style="font-weight: normal;"><br /></b>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap; white-space: pre;">Isso e tudo mais está no filme "Roma", uma obra bem acabada e acertada do Diretor mexicano Alfonso Cuarón (disponível no Netflix e premiado como melhor filme com o "Leão de Ouro" no 75o Festival do Cinema de Veneza).</span></div>
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-52199428951600423222019-01-20T09:48:00.004-02:002019-01-20T09:51:57.559-02:00"Nós e o marxismo": o "chamado" de Florestan Fernandes <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Y06NSnS_wKA/XERf_TtwttI/AAAAAAAAAZs/X9yyYa6VuZ49fBENlJPAgAGfwOPULx0xACLcBGAs/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-01-20%2Ba%25CC%2580s%2B09.40.13.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="856" data-original-width="1422" height="192" src="https://3.bp.blogspot.com/-Y06NSnS_wKA/XERf_TtwttI/AAAAAAAAAZs/X9yyYa6VuZ49fBENlJPAgAGfwOPULx0xACLcBGAs/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2019-01-20%2Ba%25CC%2580s%2B09.40.13.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">"Depois que consegue completar o
ciclo de transformação em <i>classe em si mesma</i>, a classe operária
converte-se no principal fator de alteração da ordem [...] Os proletários, ao e
constituirem como classe relativamente autônoma e capaz de desenvolvimento
independente, abrem novos rumos para toda a sociedade" <b>Florestan
Fernandes</b></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">O texto "Nós e o marxismo",
de autoria de Florestan Fernandes (sistematização de aulas nos anos 80),
publicado pela Editora Expressão Popular em 2009, é uma curta, importante e
necessária leitura.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Firme na compreensão particular e
crítica do capitalismo desde a periferia dependente brasileira e
latinoamericana, o escrito de Florestan Fernandes, mais do que qualquer coisa,
é um chamado à autoreflexão: "O propósito que me anima consiste em
suscitar <i>toda a problemática da luta de classes</i>, como ela se repõe cem anos
após a morte de Marx (embora o leitor precise levar avante, por sua conta, a
reflexão crítica e política sobre o assunto)". </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Vale recortar algumas dimensões desse
trabalho.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">O primeiro ponto de grande inflexão
pode ser a compreensão da democracia como uma ferramenta proletária ou
burguesa. É aqui que a democracia deve ser colocada em debate. Basta estar vivo
e pensante para saber que nos sobra democracia burguesa restrita e nos falta
democracia proletária ampliada. É a segunda que tem o poder transformador e de
abrir as fissuras necessárias para expor as contradições do velho e permitir o
nascimento do novo. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Outro aspecto que merece destaque é a
percepção de que, na luta por dois mundos (o capitalista ou o socialista), não
há como promover mais consciência e poder de luta da classe trabalhadora para
as devidas pressões, dissidências e instabilizações na "ordem"
estabelecida (o que, ao meu ver, conforma aspectos da "democracia
radical" pautada pelo conflito e pelas interpelações) se não houver um
"processo cultural quantitativo e qualitativo da revolução" e também
o estabelecimento de um "sistema internacional de poder socialista". </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">A conjuntura atual é reveladora de que
não só no Brasil, mas na América Latina, ainda não se tem nem uma coisa ou outra,
nem no Estado e nem na dita Sociedade Civil. </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">O trabalhador ainda não se reconhece
como "classe em si" (mas, afinal, a propósito, transpondo o debate
para uma realidade específica europeia dada pela conjuntura atual: os
"coletes amarelos" franceses nas ruas, o que são? será que podem ser
"coveiros", "parteiros" ou "fantasmas" de alguma
coisa a merecerem maior atenção? indicam alguma tendência estrutural de
mobilização do resgate de alguma "política" frente à "economia"
no "biombo do Estado"?). </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Se, como diz Florestan, "no
interior de uma posição marxista coerente a crise é um processo normal e
necessário", em que fase dessa luta, afinal, estamos? </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Trata-se de retomar uma velha questão
de outro autor conhecido de todos, que deve estar sempre em lugares onde ainda
há uma "clamorosa injustiça social": o quê fazer? </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">Uma coisa é certa: há uma "férrea
necessidade" de mudança na direção do "comum". </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11.0pt;">O atual estado de coisas, qualquer que
seja a sua formal "legitimidade", definitivamente não serve como horizonte
de presente, muito menos de futuro.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<!--EndFragment-->RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-57833629892727784932019-01-10T08:07:00.005-02:002019-01-10T08:18:38.336-02:00Mais um dia sangrento na Faixa de Gaza<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img alt="Resultado de imagem para faixa de gaza" class="irc_mi" height="425" src="https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/24304977.jpg?w=700" style="margin-top: 0px;" width="638" /><br />
*Texto escrito em 01 de abril de 2018<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br class="Apple-interchange-newline" />Nada menos do que dois milhões de palestinos vivem na Faixa de Gaza. A região atualmente tem forte presença do grupo Hamas, lembrando que o partido Fatah domina a Cisjordânia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em época de Páscoa (ou Pessach, a Páscoa judaica), a morte de 15 palestinos por soldados de Israel na Faixa de Gaza no dia 30 de março último é a expressão de um conflito histórico ainda sem definição. Noticia-se mais de mil feridos, dentre os quais dezenas de pessoas com menos de 18 anos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Turquia e Irã saíram em defesa dos palestinos. Os Estados Unidos, até aqui, bloquearam o pedido de investigação dos fatos. O Egito está ao lado de Israel: ambos, vale lembrar, são as fronteiras de Gaza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A notícia dá conta de que os palestinos, aos milhares, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>exerciam pura e simplesmente o seu direito ao protesto, denominado “a grande marcha de retorno” na Faixa de Gaza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Direito ao protesto é o exercício de manifestação democrático. Nas razões do recente protesto, o forte bloqueio econômico e as restrições impostas ao território há mais de uma década. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O legítimo protesto dos palestinos da Faixa de Gaza propiciado pelo comando do Hamas tem previsão de seis semanas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde o último confronto aberto em 2014 a violência não atingia este nível, ocasião em que o Estado de Israel enfrentou o grupo Hamas, que desde 2007 tem predomínio e hegemonia na Faixa de Gaza.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aceitará a comunidade internacional esse ataque ofensivo à democracia e aos direitos humanos? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Onde está a prova de que a “soberania” de Israel teria sido “ameaçada” para justificar esta agressão, com direito a uso de armas letais? Certamente que arremesso de pedras, queima de pneus ou mesmo túneis de um povo “toupeira” sem Estado e sem-saída estão muito longe disso, não?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem política internacional que dê conta do problema, resta a guerra. E uma guerra desigual. Um Estado comandando por um presidente ultranacionalista contra um determinado povo. A história mostra que, quando o interesse na “terra” vem antes das “pessoas”, tudo pode piorar. Sabe-se qual é a resposta do desespero para a violência. Mais violência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: start;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Onde ficou o lema de Liberdade, Justiça e Paz da declaração de independência de Israel desde 1948?<br />
<br />
Por que Israel parece ser um Estado que, na crítica implícita do Papa Francisco, não respeita nem os indefesos?</div>
</div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-78557882376267247282016-05-27T12:14:00.000-03:002016-05-27T12:14:04.459-03:0071 anos depois de Hiroshima...a indústria da Guerra não perde força: mesmo no Japão!
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</style>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-C7iXLnBRsBQ/V0hj3QSB5kI/AAAAAAAAAYY/cIUJbQOhzZILC2Sf0UJ3myesAfHUyklQQCLcB/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2016-05-27%2Ba%25CC%2580s%2B12.11.51.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://3.bp.blogspot.com/-C7iXLnBRsBQ/V0hj3QSB5kI/AAAAAAAAAYY/cIUJbQOhzZILC2Sf0UJ3myesAfHUyklQQCLcB/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2016-05-27%2Ba%25CC%2580s%2B12.11.51.png" width="320" /></a></div>
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Obama tem
feito um encerramento do seu mandato muito mais próximo e a altura das
expectativas da esperança transformadora que cercou sua (re)eleição.</span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Suas
visitas históricas (Cuba, Vietnã e agora Japão, para ficar em 3 exemplos) e falas recentes devem
ser vistas com os duros limites e quase incontornáveis de como toca a política nos Estados Unidos entre republicanos e
democratas, inclusive diante do risco “Trump”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Acontece
que a “Revolução Moral” proposta para que o passado ensine o presente exige
enfrentar o “livre mercado” com a regulação devida; exige, no mínimo, temperar o
capitalismo voraz largamente vigente com um pouco mais de equidade e desconcentração de renda, com
melhor distribuição da terra, com menos rentismo e menos exploração. Isso e muito mais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">A capacidade do homem produzir o mal é inerente ao sistema econômico tido como apropriado para nosso tempo e lugar, como o modelo que "deu certo". É preciso lutar por um sistema mais
justo, o mesmo sistema que faz com que as bombas em Hiroshima-Nagasaki não sejam uma
lembrança de 71 anos atrás, já que guerras contemporâneas, mesmo sem bombas
nucleares (ainda que nesse aspecto tenha havido alguns avanços, tais como o acordo com o Irã), continuam a acontecer
todos os dias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Se antes
eram campos de concentração movidos por um ditador insano, hoje são campos de refugiados tolerados por líderes europeus e do mundo, sobrando medo e violência
em nome da “Guerra ao terror”, como se boa parte do combustível não tivesse uma origem
colonial em verdadeiro efeito rebote.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Aliás,
muito do que pode e deve mudar poderia começar por Israel…oprimido de ontem, opressor
de hoje. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Mas voltemos ao Japão e à visita de Obama. O Japão, enfim, como nação, visto na perspectiva da história, parece ter aprendido, de fato, alguma coisa; de
império do passado, o país, desde 1945, com base na sua previsão constitucional
que retira o direito de Guerra do Estado (apesar de ste manter forças armadas
estruturadas), <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nunca mais enviou um
soldado sequer para qualquer tipo de combate, um recorde de pacifismo
comprovado. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">A despeito disso, o governo do Primeiro Ministro liberal-democrata Shinzo
Abe insinua querer mudar a ordem das coisas, inclusive noticiando intenção de emendas à
Constituição, usando como justificativa o crescimento da China e o empoderamento
nuclear da Coreia do Norte, ou seja, o mesmo discurso do medo…Nos últimos tempos, Abe já conseguiu aumentar o orçamento militar,
permitir exportação de armas, atitudes com as quais o “never again” gravado no memorial de
Hiroshima fica sob risco e ameaça (mesmo que eventual mudança exija quórum qualificado
de 2/3 e um referendo nacional).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Dito isso,
é de se questionar se a visita dos Estados Unidos (que não foi, de fato, um pedido de desculpas) não terá subliminar motivação comercial-militar para
investimentos na indústria da guerra?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">A motivação
segue sendo a mesma, sem mudar a raiz do problema, ele persistirá. Mais de 200
mil pessoas morreram em Hiroshima-Nagasaki…hoje, mais de um bilhão de pessoas
passam fome no mundo e isso parece ser algo tolerado e naturalizado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Como bem
afirmou Obama dias antes da visita, definitivamente, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“the job is not done”!Não mesmo!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-7408848477495419362015-12-13T02:50:00.004-02:002015-12-13T02:50:57.350-02:00Os cargos em comissão e a corrupção<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Z3abIx8IGNE/Vmz5IrGOQPI/AAAAAAAAAYI/DthIoMqMpbg/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-12-13%2Ba%25CC%2580s%2B02.37.58.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="169" src="http://1.bp.blogspot.com/-Z3abIx8IGNE/Vmz5IrGOQPI/AAAAAAAAAYI/DthIoMqMpbg/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-12-13%2Ba%25CC%2580s%2B02.37.58.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
Há
um ponto comum entre os recentes e propalados escândalos de corrupção:
loteamento de cargos ou postos públicos na alta burocracia da
Administração Pública direta em todos os níveis ou mesmo nas diretorias
das "estatais". Disso pouco se fala. E o problema está na raiz da
deterioração da política como atividade pública primeira, o que sempre é
perigoso, até mesmo porque a política bem exercida é a única via de
justificar a democracia como regime.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A
regra do concurso público, prevista no artigo 37, II, da Constituição
da República, e o provimento dos cargos pelo mérito dos aprovados em
certames de seleção, é um importante limitador e prevenção à corrupção
"sistêmica", qualificação utilizada em diversos atos decisórios da
"assim denominada" Operação Lavajato, o que se menciona apenas para
mostrar a atualidade do assunto. Apesar disso, falho é o marco normativo
federal para tratar da temática dos concursos públicos. Sobre isso
também pouco se fala.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A
esperada e necessária profissionalização da gestão pública, seja pela
efetiva prioridade do provimento dos cargos público por escalonamento de
carreira, seja pela prioridade no reconhecimento de funções de
confiança à servidores de carreira ao invés de permitir ingresso de
membros externos para partidos políticos que querem abocanhar
ministérios sem que sequer possuam uma agenda própria de gestão para a
pasta, é um grande antídoto de prevenção à corrupção, tema que, aliás,
bem poderia compor as polêmicas dez medidas de combate à corrupção
apresentadas pelo Ministério Público Federal para debate com a
sociedade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais
do que um importante remédio, o privilégio à carreira pública é
garantia de estabilidade, capacitação, incentivo e continuidade do
serviço público, sempre prejudicado com a grande rotatividade de cargos e
gestores. A capacidade de inovação da gestão pública decorre muito mais
da sua relação com o universo acadêmico-científico, com os movimentos
sociais e com a sociedade, incluindo-se aí os entes da sociedade civil
concebidos de maneira ampla, do que propriamente por privilégio ao
ingresso de elementos externos à Administração Pública para a "aventura"
de gerir um ministério ou secretaria sem nenhuma qualificação,
planejamento ou projeto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se
assim não for, pelo menos, que se estabeleça a obrigatoriedade de
criação de secretárias-executivas com iguais poderes ao
secretário/ministro de origem política, mecanismo de defesa capaz de
estabelecer algum tipo de fiscalização ou mesmo obstáculo ao
direcionamento da política pública para as piores práticas de
patrimonialismo e clientelismo na Administração Pública.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesses
termos, é imprescindível a leitura de importante estudo elaborado pela
fundação do Instituto de Pesquisas Econômicas - IPEA: Cargos em
confiança no Presidencialismo de coalizão brasileiro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/150914_livro_cargos_confianca.pdf">http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/150914_livro_cargos_confianca.pdf</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A burocracia estatal precisa conciliar técnica com a política. Primeiro a técnica, depois a política.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-21555183706308418882015-09-20T09:24:00.002-03:002015-09-20T09:24:29.961-03:00Custo Brasil às avessas: acordes de um editorial irresponsável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-yokUTmExot8/Vf6kW6KiROI/AAAAAAAAD0U/yYu4RF_iUJc/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-09-20%2Ba%25CC%2580s%2B09.18.57.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="115" src="http://3.bp.blogspot.com/-yokUTmExot8/Vf6kW6KiROI/AAAAAAAAD0U/yYu4RF_iUJc/s320/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-09-20%2Ba%25CC%2580s%2B09.18.57.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A
Folha de São Paulo, em Editorial deste Domingo (20 de setembro de
2015), toma estatísticas do IBGE relativas ao percentual de gastos do
país frente ao PIB de todas as esferas federativas para falar em
"hipertrofia estatal" no Brasil; o texto fala em "estrutura
paquidérmica", em "extravagância brasileira", em "gigantismo
governamental", em "generosas cifras destinadas à seguridade social",
afirmando que os compromissos previdenciários seriam "demasiados",
cogitando de um rombo nas contas do INSS e dizendo, ainda,
existirem"perdulárias regras para a concessão e cálculo dos
benefícios". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pior
do que isso, insinua o Editorial que o problema foi "obra da
redemocratização", do "texto constitucional de 1988", que teria criado
uma "teia de benefícios previdenciários, assistenciais e trabalhistas".
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora
lá no meio desse texto o Editorial fale-se em volume exorbitante de
despesas com a dívida do governo, quem sabe não seria mais adequado
mencionar que um dos motivos para a falta de soberania e atraso do país
reside justamente no fato de aproximadamente 40 a 45% do orçamento do
Brasil estar destinado a pagamento do juros e encargos de uma dívida
injustificadamente nunca auditada. Ora, por que não enfrentar este tema,
este objeto sim uma "escalada insustentável"?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um
desafio jornalístico adequado seria a Folha explicitar, numa série de
reportagens profundas e especiais, como fazem os grandes jornais do
Mundo (por exemplo, New York Times, Le Monde etc), onde exatamente está a
hipertrofia estatal, a estrutura paquidérmica, a extravagância e as
perdulárias regras para concessão e cálculo de benefícios
previdenciários ou as benesses trabalhistas. Isso é o mínimo que precisa
fazer para demonstrar responsabilidade jornalística com o editorial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outra
curiosidade será saber o que pensa a folha sobre os gastos com pessoal.
Será possível construir Estado sem carreira adequada e servidores
públicos? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Será
que a Folha vai analisar os gastos que escapam da Previdência Social?
Discutir o motivo de diversos benefícios serem pagos na via judicial e
não administrativa?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A
"radiografia do gigante", título do editorial, precisaria ir muito além
do escrito, sob pena de irresponsabilidade jornalística, justamente
advindo do Jornal que afirma estar "a serviço do Brasil".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No Editorial da Folha sobraram adjetivos e faltaram substantivos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-66705606759668015542015-02-16T12:24:00.000-02:002015-02-16T12:24:22.618-02:00Bella ciao partigiani di Grécia!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JjJvoaLvzts/VOH9jSlhAxI/AAAAAAAAAXo/EV0zUbBayyE/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-02-16%2Ba%CC%80s%2B12.16.47.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-JjJvoaLvzts/VOH9jSlhAxI/AAAAAAAAAXo/EV0zUbBayyE/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-02-16%2Ba%CC%80s%2B12.16.47.png" height="135" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<br /></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Una mattina, mi son svegliato</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O bella ciao, bella ciao, bella ciao ciao ciao</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Una mattina mi son svegliato</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">E ho trovato l’invasor</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">(Bella Ciao)</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Eis que chegou a manhã em que a histórica Grécia, politizada e atordoada pelo desemprego, acordou, descobriu o invasor e tomou uma medida para sair do sepulcro do endividamento na qual se encontra afundada desde 2007.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O terrorismo financeiro, do qual pouco se fala e que, ao contrário do que se pensa, custa muitas vidas, saiu francamente derrotado, pelo menos em solo grego.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Troika</span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional foi confrontada e há de sentir o golpe, salvo se estiver disposta a mudar o rumo.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A vitória consistente da extrema-esquerda de Alexis Tsipras é um soco no totalitarismo de uma política opressora de austeridade econômica que sufoca a Europa Meridional, gerando desemprego e desinteresse pelas questões sociais (30% dos gregos estão em condição de miséria e o desemprego entre os jovens de 16 a 25 anos atinge 50%).</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Que a inteligência e juventude dos 40 anos de Tsipras carreguem a aposta na política como legítima oportunidade de transformação, como o melhor caminho democrático para mudar as desigualdades geradas no contexto de um espaço monetário comum recheado de diferenças e que produz fortes cada vez mais fortes e fracos cada vez mais fracos.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mesmo a aliança com um partido conservador (Gregos independentes) e a noticiada intenção de permanecer na União Europeia não podem tirar o ânimo de uma vitória maiúscula, pautada pela esperança de dias melhores.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Uma boa mostra está nos critérios técnicos para composição da equipe de governo. Varoufakis vale por um time inteiro. Antes dos banqueiros, está preocupado com os problemas e as necessidades da população.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O perdão ou revisão da dívida é apenas o começo...o salário-mínimo já passou para R$ 751 euros, anuncia-se uma reforma tributária capaz de apanhar os mais favorecidos economicamente e fala-se em redução e fim de privatizações.</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tempos esperançosos na Europa para um </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Welfare State </span><span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">que precisa ressurgir e mostrar que sua ética civilizatória não é só mera retórica. Do contrário é a continuidade de um presente que já soa como tragédia…a começar pela Grécia.</span></div>
<b id="docs-internal-guid-af9ec038-92bc-dd31-4858-5fdaa2eff05c" style="font-weight: normal;"><br /></b><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: black; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></div>
<br />RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-19249216181039827892015-01-03T07:41:00.000-02:002015-01-03T07:45:12.384-02:00SUS: uma saúde integral e gratuita com "dinheiro no bolso" para dar, não para vender<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-7clHxVHvvTc/VKe6E_RT-zI/AAAAAAAAAXA/xjP6QWmgG2s/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-01-03%2Ba%CC%80s%2B07.43.27.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-7clHxVHvvTc/VKe6E_RT-zI/AAAAAAAAAXA/xjP6QWmgG2s/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2015-01-03%2Ba%CC%80s%2B07.43.27.png" height="128" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Chega
o último dia de 2014 e, com ele, os tradicionais votos de próspero ano novo e
desejos de saúde. Para além do cuidado com o corpo e o bem-estar físico à cargo
de cada um, é sempre tempo de celebrar o fato de termos, como política pública,
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“o maior plano de saúde do mundo”, o
Sistema Único de Saúde – SUS, que atende potencialmente todos os brasileiros e,
mais especial e preferencialmente, cerca de 170 milhões de brasileiros que, em
geral, não têm condições financeiras de acesso particular e também não podem
custear, como consumidores, os conhecidos planos de saúde. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Definido
constitucionalmente (artigo 196 da Constituição de 1988) de modo a estabelecer
a saúde como “direito de todos e dever do Estado”, regido pelas Lei Orgânicas
da Saúde - 8.080/90 e 8.142/90 e complementado recentemente pela Lei
Complementar 141/2012, melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS) seria a maior
conquista e desejo para todo e qualquer ano prestes a iniciar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Infelizmente
– e os meios de comunicação social em todos os formatos têm grande parcela de
culpa nessa desinformação, muitos brasileiros desconhecem o fato de que o SUS,
no seu largo acesso, é integral e gratuito, de modo que, juridicamente, tudo
que for prescrito deve ser assegurado e disponibilizado – medicamentos,
consultas, cirurgias, exames, fórmulas nutricionais etc, ainda que fora de
padrão ou protocolo clínico, desde que haja a devida justificativa
técnico-terapêutica e que o paciente, o usuário do SUS, observe os caminhos e o
fluxo regular do sistema. Esse trajeto começa na unidade básica de saúde
próxima de sua residência, podendo envolver tratamento fora de domicílio em
centros especializados e hospitais a partir de uma lógica de referência e
contrarreferência, percurso que deveria ser em linha reta, claro e
transparente, mas que pode se tornar um labirinto se houver, como muitas vezes
acontece, a desorganização de gestão e falta de resolutividade entre os entes
federados, situação que muitas vezes provoca a sensação equivocada de que o
sistema apresenta mais problemas que soluções. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Evidentemente
que, como toda política pública básica que envolve a necessidade de realização
de um direito de dimensão fundamental (artigo 6<sup>o</sup> da Constituição),
existem dificuldades do SUS de toda a natureza, especialmente de ordem
administrativa, operacional e financeira. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
dos maiores problemas, ao lado da insuficiência do financiamento e do custeio:
o SUS ainda é um sistema que gasta na média e alta complexidade todos os
recursos que deviam investir de modo prioritário na atenção primária ou na
atenção básica à saúde! Enquanto isso continuar acontecendo a ideia de um
sistema, que filosoficamente é a estratégia para redução de complexidades,
continuará obtendo resultados aquém dos necessários.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Admitindo-se
que o SUS ostenta a imagem de uma grande e pesada máquina, não é aceitável que
esta funcione arriscando e esperando o momento da parada para troca de motor ou
adoção de medidas urgentes,somente quando sobrevier uma pane ou falência geral,
quando o mais inteligente a fazer seria garantir a manutenção<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e revisão devida de todo aparelho para, no
tempo certo para manter a renovação de seus óleos lubrificantes e das encaixe
das demais engrenagens capazes de impedir o mal e a despesa maior.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Falta conscientização e educação para a
importância da prevenção em saúde. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Enquanto
os gestores não tiverem a visão de que<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>melhorar a saúde da população é compromisso de médio a longo prazo,
exigindo adoção de medidas planejadas e corajosas, e continuarem a preferir o
investimento para “apagarem incêndios”, por exemplo, no fluxo de urgência e
emergência ou na sintomática falta dos leitos, muitas vezes para um ganho
político de caráter imediato ou próximo, para uma captação do sufrágio tida
como ilícita por alcance o indivíduo como se favor fosse e não o coletivo
tratando e reconhecendo como direito, continuaremos assistindo à inversão das
prioridades: unidades básicas de saúde desequipadas, abandonadas, sem recursos
humanos e o problema de saúde do usuário agravado. Isso faz com que gaste-se
mais e pior na “ponta final” para uma atenção à saúde com menor chance de
recuperação e incremento da vida como bem a ser protegido..<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Um Sistema Único de Saúde como o brasileiro
que, além de focar na prevenção, ao mesmo tempo em que precisa celebrar os
benefícios paliativos do Programa “Mais Médicos” (em verdade um curso de
pós-graduação importante para mostrar que a saúde do brasileiro não pode estar
a mercê de interesses econômicos ou de classe), precisa enfrentar talvez o seu
segundo maior obstáculo para uma gestão profissional e responsável, a
terceirização ilegal de necessidades permanentes quando a regra de ingresso na
carreira pública é a realização de concurso público na forma do artigo 37, II
da Constituição. A saúde como política pública, evidentemente, necessita de uma
carreira estruturada e adequada não só para médicos, mas para todos os demais
profissionais da saúde, notadamente enfermeiras, auxiliares de enfermagem,
técnicas de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais
e, claro, a base da pirâmide e de todo o sistema, as decisivas, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>principais e mais numerosas peças que deveriam
mover todo o xadrez do tabuleiro do SUS – os agentes comunitários de saúde, que
recentemente, em fato pouco comentado, deixaram de ganhar o pior e mais baixo
salário de todos, o mínimo. Sem remuneração digna, estrutura e condições de
trabalho, não teremos uma política mais adequada de saúde.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
tempo de balanço, inclusive de composição de Ministérios por critérios
predominantemente de “governabilidade”, nada melhor do que refletir para, como
ensina Boaventura de Sousa Santos, alargar o presente e encurtar o futuro do
nosso SUS que, apesar de tudo, ainda é um extraordinário e pretensioso modelo
de atenção à saúde. Conhecer suas premissas de funcionamento para exigir
cumprimento do que preconiza e Constituição e a legislação sanitária, mais do
que missão das instituições do regime democrático, em especial ao Ministério
Público que cabe zelar pela saúde como serviço de relevância pública (artigo
129, II, da Constituição), é dever de todo cidadão, especialmente considerando
que uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde é a participação da comunidade
(artigo 198, III da Constituição), hoje assegurada, mais formal do que materialmente,
é bem verdade, pelos encontros periódicos para discutir as políticas de saúde
(Conferências) e pelas reuniões mensais dos conselhos municipais de saúde como
instâncias de fiscalização e controle social (Conselhos Municipais, Estaduais e
Nacionais de Saúde). Que o ano de 2015 traga saúde administrativa e financeira
para o SUS. O constituinte e o legislador brasileiro quiseram uma saúde pública
integral e gratuita para dar, não para vender. Se ela for bem gerida e tiver “dinheiro
no bolso”, melhor ainda. Feliz 2015!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
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RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-77965014409618254762014-12-09T03:08:00.000-02:002014-12-09T21:36:21.739-02:00Relatos salvajes...Wild tales...civilização e barbárie<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-AUjN-4jR7lE/VIaDnEhsFWI/AAAAAAAAAWs/aJMkQP8YzK0/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2014-12-09%2Ba%CC%80s%2B02.58.59.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-AUjN-4jR7lE/VIaDnEhsFWI/AAAAAAAAAWs/aJMkQP8YzK0/s1600/Captura%2Bde%2BTela%2B2014-12-09%2Ba%CC%80s%2B02.58.59.png" height="289" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que tal "coincidentemente" reunir todos aqueles que lhe causaram algum mal em um avião?
<b><i>Pasternak.</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Encontrar o agiota que arruinou sua família em plena
campanha política? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Las ratas.</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fazer da estrada o espaço para uma mortal luta de classes? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">El
más fuerte.</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Explodir o carro teimosa e repetidamente guinchado indevidamente para chamar atenção para o modo
de funcionamento do sistema em protesto à burocracia que por vezes nos faz motivo de deboche? <b><i>La bombita.</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Negociar sem limites para proteger o filho criminoso? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">La
propuesta</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sair das aparências à essência de um casamento? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hasta
que la muerte nos separe.</i></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Seis histórias de um mundo cada vez mais cruel, intolerante
e selvagem. Injusto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Escolhas certas ou erradas que cobram suas consequências na
montanha russa instável que é a vida nas suas inexoráveis contradições cotidianas,
contemplando frustrações, ofensas, cobranças,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>irritações, corrupção etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Vingança, dinheiro, ganância, traição e honra como alguns
pontos comuns de um filme certamente diferenciado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de toda a nossa celebrada racionalidade que nos
distingue dos animais, como ensina Nietzsche, a verdade é que somos “humanos,
demasiado humanos” e por vezes estamos no limite e sujeitos a explodirmos em
situações cumulativas ou particularmente desconcertantes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Da ordem ao caos pode mediar muito pouco, do mesmo modo da
covardia à coragem. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Todos podemos perder
el control...</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tudo depende da perspectiva da câmera, dos lado e dos
ângulos da história, dos limites éticos e morais que nos colocam à prova em
situações-limite.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mérito para a Direção genial de Damián Szifron. Pedro e seu
irmão mais novo Agustín Almodovar na coprodução também merecem registro.
Trata-se do filme mais visto na Argentina no ano de 2014, não por acaso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eis aqui uma boa dose de reflexão
para um tempo de desumanidades, de intolerância e de violência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A explosão pode estar no avião, na comida, no carro ou até mesmo mesmo
no espelho de uma festa de casamento. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A combustão depende dos recursos internos de cada um. A linguagem
oficial da justiça muitas vezes não basta para o desejo e o impulso de se agir em mão própria em busca do gozo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Da vida à morte, da civilização à barbárie, pode-se andar
muito...ou pouco. Tudo depende das circunstâncias e do momento. Sem perder o
humor (negro?) e com direito à trilha sonora impecável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No amor, claro, pode residir a esperança, a única solução e
salvação de final imprevisivelmente feliz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-21595952494496998202014-07-13T11:10:00.003-03:002014-07-14T22:12:02.855-03:00Para além do futebol e do desempenho da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014: a crise (ou será falência?) do esporte como gestão e política pública no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZSJrbg_OHF0/U8KTQVEvzsI/AAAAAAAAAV8/yTf1JFS7jZ4/s1600/Captura+de+Tela+2014-07-13+a%CC%80s+11.05.45.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZSJrbg_OHF0/U8KTQVEvzsI/AAAAAAAAAV8/yTf1JFS7jZ4/s1600/Captura+de+Tela+2014-07-13+a%CC%80s+11.05.45.png" height="320" width="306" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
crônica de hoje começa falando de futebol, mas quer alcançar algo mais. Sim,
depois da Copa estar sendo vivenciada em nosso país há mais de um mês, com
direito a feriado, expedientes reduzidos, bem como integração de povos e
nações de merecido e necessário festejo, depois da Seleção Brasileira ter
honrado a lógica nem sempre presente no esporte ao ser fragorosamente e
peremptoriamente eliminada nas semifinais e ter perdido a decisão do terceiro
lugar ao sofrer duas dolorosas goleadas (uma de brado retumbante de 7x1 para a
Alemanha e outra de despedida de 3x0 para a Holanda), é o momento de repensar e
refletir sobre o futebol e esporte, certo? O “país do futebol”, se é que tem
direito de assim se denominar, não é o “país do esporte”, certo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O primeiro
tema a ser problematizado é, no futebol, ou mesmo em outro esporte, qual o grau
de responsabilidade dos jogadores, do treinador e da comissão técnica e dos
dirigentes? Os acertos e erros devem ser compartilhados, mas vale perceber que
as análises feitas durante o jogo passam pelos jogadores, os principais atores
do espetáculo (teatro), tangenciam o treinador que, aí sim, ao final da
partida, acaba sendo avaliado pelas escolhas técnicas e táticas, pelas
substituições que fez ou deixou de fazer, sendo a sua entrevista uma espécie de
“interrogatório”, por vezes bem aproveitada, por outras um mero momento formal
que agrava a crise, tendo a imprensa muita culpa, especialmente porque os
“profetas” do fato acontecido são muitos, os mesmos que não tiveram coragem de
apontarem os erros anteriormente. Mas e os dirigentes, o que dizer de nossos
“cartolas”? Quem são eles, afinal? Políticos? Empresários? Para além da
diversidade de estilos que forma o continente latino-americano do europeu –e
talvez seja o caso de pensarmos os reflexos do nosso futebol sob a perspectiva
descolonial, será que a gestão esportiva, como bem afirma Bernardo Buarque de
Hollanda, não é a mesmo a “mãe de todas as derrotas”?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Os
dirigentes que temos, políticos e privados, não estão na raiz de tudo? Afinal, no
futebol e nos demais esportes, são eles, os “cartolas”, eles que, arbitrária e
totalmente de modo discricionário, sem nenhum tipo de participação, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>escolhem o treinador, definem seu salário
milionário e, por vezes, decidem se a comissão técnica é toda a cargo do
treinador ou se existem cargos que são escolhidos e serão mantidos pelo próprio
clube, entidade ou seleção, até mesmo como forma de estabilidade. Segundo,
porque é aos dirigentes que cabe pensar todo o “negócio”, efetuar planejamento,
prover a estrutura necessária, agendar os compromissos (amistosos, competições
etc) e, claro, promover as cobranças das responsabilidades devidas. Não por
acaso, nos clubes de futebol, por exemplo, pelo menos na realidade brasileira,
há um Diretor ou um Vice-Presidente de futebol, profissional ou não, que é
responsável por viver o dia a dia do clube, os vestiários antes, durante e
depois dos jogos, ambiente que,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da mesma
forma que bem equilibrado é justificador de vitórias, quando está instável ou
sem controle é um botão automático que reproduz uma derrota atrás da outra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Aí
fica a questão. Que dirigentes temos? São dirigentes profissionais? Que tipo de
formação que esses quadros recebem? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Há
no Congresso Nacional, de fato, uma “bancada da bola”? Quais são os
parlamentares que a constituem? Será que isso explica as irresponsabilidades
fiscais dos clubes (da ordem aproximada de 4 ou 5 bilhões?) Qual o “legado” da
CPI do Futebol ou da CBF-Nike? Será que isso explica a falta de fiscalização e
controle sobre o esporte como política pública no Brasil? E tudo que vem sendo
dito já há algum tempo pelo craque e hoje Deputado Federal Romário? Quer saber
mais sobre o assunto da CPI e CBF, acesse:<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><a href="https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/viewFile/5923/5436">https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/viewFile/5923/5436</a>.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Sob
o ponto de vista da legislação, o histórico de serviços prestados por Zico e
Pelé certamente não está na mesma altura da legislação que levou o nome dos
“craques” (Lei 8.672/93 – “Lei Zico” – bingos; Lei 9.615/98 – “Lei Pelé, de 96
artigos), diploma último ainda vigente, regulamentado pelo Decreto 7.984/13 e
que, por omissão dos meios de comunicação social, é pouco ou nada discutida, mas
que, segundo parece ser consenso de muitos, teve impactos definitivos e
nefastos sobre a realidade atual do futebol brasileiro (nesse sentido, veja-se
o artigo 28, parágrafo segundo e o artigo 92 da referida Lei). Posteriormente,
ainda no plano normativo, houve a edição do Estatuto do Torcedor (Lei
10.671/03), prevendo transparência, cuidados com o torcedor enquanto
consumidor, com a sua segurança, com os ingressos,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>previu-se penalidades, mas desse Diploma
também pouco se fala ou se discute. Quem é que se preocupa com isso em “terrae
brasilis” afinal, “cara pálida”, diria Lenio Streck!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Por
trás disso tudo, coordenando o Campeonato Brasileiro (hoje disputado na
modalidade de pontos corridos, nos molde mais estritamente “europeu”, da séria
“A” à “C”), a Copa do Brasil (disputada no regime mata mata similar à fase
eliminatória da Copa do Mundo nas oitavas, quartas, semifinais e finais, esta
sim um pouco mais democrática reunindo campeões, vices e convidados de todas as
unidades federativas), há uma entidade chamada CBF (Confederação Brasileira de
Futebol) que tem natureza jurídica de associação privada, embora trate e use o
símbolo nacional, aufira lucros vultosos na exploração do sentimento e da
“paixão nacional”, celebre contratos milionários predominantemente com
multinacionais (patrocínios de 2014 são, vamos lá: Nike, Itaú, Vivo, Guaraná
Antarctica, Sadia, Mastercard, Samsung, Nestlé, Extra, Gillete, Volkswagen, Gol
Linhas Aéreas, EF Englishtown e Seguros Unimed) envolvendo o futebol como
“elemento e patrimônio cultural do povo brasileiro – nos termos do artigo 4<sup>o</sup>
da Lei 9/615/98), represente o país e tenha direito a privilégios de embaixada
na requisição e na utilização de serviços públicos, dentre eles o de segurança
pública (não viram na Copa?). Seria caso de algum tipo de intervenção ou
controle, ainda que fosse na prestação de contas? A experiência do Conselho Nacional
de Desportos no período do Governo Vargas tem algo a revelar? O que está posto
no artigo 1<sup>o</sup> da Lei 9.615/98 (Lei Pelé) tem algum valor? Afinal,
cumpre lembrar, lá está dito que “o desporto brasileiro abrange práticas
formais e não formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos
fundamentos constitucionais do Estado Democrático de Direito; mais do que isso,
vejam só, lá também consta que a exploração e a gestão do desporto profissional
constituem exercício de atividade econômica, sujeitando-se à observância dos
princípios da transparência financeira e administrativa, da moralidade na
gestão desportiva, da responsabilidade social de seus dirigentes e da
participação na organização desportiva do País! Onde está o balanço financeiro
da CBF? (no seu “site”, no item “balanços financeiros”, só aparecem os das
federações estaduais - <a href="http://www.cbf.com.br/a-cbf/balancos%23.U8KJ0FbMrWQ">http://www.cbf.com.br/a-cbf/balancos#.U8KJ0FbMrWQ</a>),
é isso mesmo?).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Qual
é a história desta CBF, entidade que tem o brasão estampado no fardamento da
seleção nacional (no “site”, no item “A CBF” nada se acha sobre a história, que
curioso)? Como é que o Presidente da CBF é eleito? (lembrando que o Presidente
atual José Maria Marin assumiu a entidade em 2012, depois de Ricardo Teixeira
ter sido presidente de 1989 ate então, sendo que seu ex-sogro João Havelange
presidiu a entidade de 1958 a 1975). Qual é a estrutura da CBF, a “entidade
máxima do futebol brasileiro”? Qual é o patrimônio da CBF? Qual é a influência
e o impacto da organização da CBF na qualidade do futebol brasileiro e nos
resultados obtidos por nossos clubes e, principalmente, pela seleção
brasileira? Será que a culpa da afirmação de que “o brasileiro não sabe torcer”
deve-se à nossa conhece “síndrome ou complexo de vira-lata” ou tem relação como
fato da seleção nacional ser formada por jogadores estrangeiros e ter pouca
atuação no seu país, tanto que realiza no exterior a maior parte de seus jogos?
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Respondendo,
ainda que de maneira parcial e simplificada, algumas coisas: 1) A CBD –
Confederação Brasileira de Desportos, surge em 1914, concebida na época com um
caráter diplomático por conta das competições realizadas no exterior, sendo
sucedida e fracionada nos anos 70 por diversas outras entidades e confederações
responsáveis por cada um dos esportes, dentre elas a CBF, criada nos moldes
atuais em 24 de setembro de 1979; 2) Segundo se diz, são os Presidentes das
Federações Estaduais que elegem o Presidente da CBF, ou seja, jogadores não
votam, treinadores não votam, torcedores não votam; é dirigente, “cartola”,
votando em “cartola”, uma representatividade um tanto quanto duvidosa, mas que,
por sua vez, inspira eleição de outras entidades representativas de classe no
Brasil, diga-se de passagem; 3) O grau de comprometimento dos resultados é
difícil de avaliar, já que, por exemplo, na gestão de Ricardo Teixeira, hoje
afastado do país e vivendo em Miami, com notícia de irregularidades e
corrupção, tanto que houve a criação de uma CPI – Comissão Parlamentar de
Inquérito, ganhamos a Copa de 1994, obtivemos o segundo lugar na Copa de 1998
perdendo para a França na Final e ganhamos a Copa de 2002, ou seja, em três
Copas, tiramos primeiro, segundo e primeiro lugar, o que não quer dizer que
isso pudesse ser um sinal de que estamos no caminho certo, dá para entender? 4)
E estrutura da CBF comporta um Presidente, um Vice-Presidente, um
Secretário-Geral, uma Diretoria de Competições, uma Diretoria Jurídica, uma
Diretoria de Marketing, uma Diretoria de Registro e Transferência e uma
Diretoria de Assessoria Legislativa; 5) No “link” contato, no “site” da CBF,
não existe nem “email”, só o endereço (http://www.cbf.com.br/a-cbf/contato/contato#.U8KLQVbMrWQ).
Será que mais dados podem ser obtidos no Museu do Futebol? (<a href="http://museudofutebol.org.br/en/">http://museudofutebol.org.br/en/</a>)?
O que foi, afinal, a “FIFA’s DIRTY SECRETS”? (<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/FIFA%27s_Dirty_Secrets">http://en.wikipedia.org/wiki/FIFA%27s_Dirty_Secrets</a>
- vale a pena assistir: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Df9g2unGe4o">https://www.youtube.com/watch?v=Df9g2unGe4o</a>)?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
fato é que o futebol brasileiro, tal como ocorre com a nossa economia, continua
sendo um grande exportador de produto primário. Os “commodities” não estão só
na nossa economia de matriz colonial (pau-brasil, cana de açúcar, minério e,
atualmente, agronegócio), já que o Brasil continua fabricando jogadores para
remetê-los ao futebol desenvolvido “europeu” (enquanto a seleção de 1986 tinha
dois jogadores atuando fora de país, as de 1990 a 2002 tinham 12, enquanto
desde 2006 para cá mais de 20 jogadores, o que é sinal de alguma coisa,
certo?). Para piorar, temos clubes que tem sua principal fonte de receita
atrelada aos direitos de televisionamento das partidas, que equivalem a 40% das
receitas, algo que faz com que tenhamos um calendário repleto de jogos e de
competições, com indiscutível perda para o nível técnico, sendo que a
iniciativa do “Bom-senso futebol clube”, ao que tudo indica, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>está longe de espelhar alguma preocupação com
isso ou mesmo com a necessidade de maior “democratização” no futebol
brasileiro. Pior de tudo, a maior parte dos jogadores de futebol do Brasil são
pobres e desempregados, pois, tirando os 12 grandes clubes e mais um punhado de
clubes médios, todos os demais poderiam ser clientes da assistência social e do
cadastro único do Governo Federal, pois não conseguem sobreviver da profissão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
mais curioso em todo o debate sobre o desempenho realmente melancólico da seleção
brasileira nos últimos dois jogos da Copa de 2014, que, tal com ocorreu em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1950, pela segunda vez, foi sediada pelo
Brasil, com gastos e investimento público diretos da ordem aproximada de, pelo
menos, 25 bilhões de reais, é que ele parece, até o momento, não tocar no ponto
crucial, que exige uma digressão historiográfica efetiva, com poder de análise
e densidade, sobre o que foi e o que está sendo feito do futebol brasileiro,
aspecto, aliás, que deveria ser ampliado para todo e qualquer esporte individual
e coletivo, especialmente considerando que incentivo ao esporte, políticas
públicas para o esporte, são hoje geridas, em todos os entes federativos, dos
Municípios, passando pelos Estados à União, por pessoas que, normalmente,
preenchem cargos providos politicamente, que não estão preparadas para
desenvolverem adequadas políticas públicas, também porque o orçamento que é
destinado à esta pasta, via de regra, é muito aquém da necessidade ou mesmo do
benefício que poderia ser proporcionado (veja-se o artigo 6<sup>o</sup> e o
artigo 56 da Lei 9.615/98 – “Lei Pelé”). Não por acaso o futebol acaba sendo
nosso produto de primeira grandeza, em segundo lugar vindo o vôlei, podendo o
judô nos dar uma ou outra medalha olímpica, enquanto que nos demais esportes
coletivos e individuais somos um constante e retumbante fracasso.
Diferentemente dos países com o tamanho ou proporção similar a nossa grandeza
entre os cinco maiores do mundo, Estados Unidos, Rússia, China, ficamos junto
com a Índia na indigência.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isso também
precisa ser debatido. Desenvolver as entidades que desenvolvem o esporte,
inclusive com as devidas isenções fiscais (nesse ponto, cumpre lembrar a
existência da Lei 11.438/2006, também conhecida como Lei de Incentivo ao
Esporte, que permite que pessoas físicas e jurídicas investiam parte – 1% e 6%
respectivamente - do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos
aprovados pelo Ministério do Esporte) formar talentos no esporte, esses
deveriam ser objetivos e diretrizes de nossa política pública.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Para
se ter uma ideia de como o tema nos parece secundário, o Ministério
Extraordinário do Esporte foi criado apenas em 1995 no Brasil, sendo que antes
disso a matéria estava afeita à Educação, mesma ligação que ainda se repete em
centenas e na imensa maioria dos quase seis mil municípios brasileiros. A
autonomia não durou muito, tanto em que em 1998 foi agregado o tema do Turismo
ao Esporte, situação somente modificada em 2002 quando o Turismo passou a
ganhar pasta própria, tendo sido restabelecida a autonomia do Esporte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Cumpre
ir além. Qual o orçamento, ou seja, a previsão e o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>planejamento das receitas e despesas, para
financiar a política pública do Esporte no Brasil? Em 2008 era de apenas 1,16
bilhão! Além dos concursos de prognósticos (loterias), prêmios não reclamados
das loterias, doações, legados e patrocínios, quais as “outras fontes” de
financiamento do esporte no Brasil, nos termos do artigo 6<sup>o</sup> da Lei
9.615/98? Quem foram os Ministros do Esporte no Brasil nos últimos 19 anos?
Entre a mudança da “lei do passe”, os escândalos dos bingos, do cartão
corporativo, gastos do Pan-Americano de 2007,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>vejamos a galeria que, tal como a convocação de uma seleção e de atletas
de qualidade duvidosa, muito pode explicar o que experimentamos até hoje na
política do esporte: 1) José Arantes do Nascimento - Pelé (1995-1998 –
ex-jogador de futebol que dispensa apresentações), 2) Rafael Greca (político,
ex-Prefeito de Curitiba, ex-Deputado Federal), 3) Carlos Carmo Melles (formado
em agronomia, ex-Deputado Federal, de maio de 2000 a março de 2002), 4) Caio
Cibella de Carvalho (político, março de 2002 a 2003), 5) Agnelo Queiroz (médico,
atual Governador do Distrito Federal - janeiro de 2003 a março de 2006), 6) Orlando
Silva (líder estudantil, político brasileiro - 2006 a 2011) e 7) Aldo Rebelo (jornalista,
político e ex-Deputado Federal, 2011 até o presente momento). Sete ministros, o
mesmo número de gols que sofremos da Alemanha, coincidentemente!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Não
é preciso muito esforço para revelar o caráter absolutamente amadorístico e
pouco profissional no qual se desenvolve nossa política do esporte! Será que há
como “construir uma Polícia Nacional de Esporte” dessa forma? E os
patrocinadores também são culpados disso, na medida em que, na sociedade do
capital, investem na personalidade específica, para vendagem de suas marcas,
deixando de participar de incentivos ao esporte de base, na formação de
atletas, aspecto que, bem trabalhado, aplicada a ciência do “marketing”,
poderia agregar um valor ainda maior aos seus produtos, não só focando nos
ditos esportes de alto rendimento, nas na preocupação com a inclusão social.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E o
Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto, autarquia federal criada transformação
da Secretaria de Desportos e Fundo Nacional de Desenvolvimento Desportivo –
FUNDESP, extinto em 2000 (Medida Provisória n. 2.049.24), que tinha como
finalidade “promover e desenvolver a prática do desporto e exercer outras
competências específicas atribuídas em lei”, nos termos do Decreto 2.994/99? No
período que existiu, quais foram os critérios do então Presidente da República
Fernando Henrique Cardoso para nomeação do Presidente e provimento das
Diretorias (Diretoria de Administração e Finanças, Diretoria de Programas
Especiais, Diretoria de Desenvolvimento do Esporte e Diretoria de Ciências
Aplicadas do Esporte)? Foi fiscalizado? Prestou contas? (o mais próximo disso
está neste link, bastante elucidativo por sinal: <a href="http://portal.esporte.gov.br/arquivos/ministerio/relatorios/relatorioGestao2000ExIndesp.pdf">http://portal.esporte.gov.br/arquivos/ministerio/relatorios/relatorioGestao2000ExIndesp.pdf</a>).
Qual a qualidade e a divulgação de nosso <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Plano
Nacional de Desporto</b>, se é que ainda temos algum planejamento? Alguém sabe
sobre as atividades do Conselho de Desenvolvimento do Desporto Brasileiro –
CDDB, criado em 2000 e substituído em 2003 pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conselho Nacional do Esporte</b> que, nos termos do artigo 4<sup>o</sup>,
da Lei 9.615/98 integra o Sistema Brasileiro de Desporto, sendo órgão colegiado
de normatização, deliberação e assessoramento? Temos “Conferências” nacionais
para discutir o Esporte?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E a nossa
Justiça Desportiva, o que é? Quantos cidadãos brasileiros já acessaram o “site”
do Ministério do Esporte ou mesmo acionaram a ouvidoria@esporte.gov.br?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
reflexão não deve ser feita apenas sobre o “atraso” do futebol “canarinho”, mas
sobre o modo como elaboramos e gerimos a política de incentivo e desenvolvimento
ao esporte no Brasil, sobre sua estrutura de organização, gerência e
responsividade. Os problemas da CBF também estão presentes no COI – Comitê
Olímpico Brasileiro, não é mesmo? Este mesmo COI que, conforme artigo 9o da
“Lei Pelé”, tem direito, anualmente, a uma “renda líquida total de um dos
testes da Loteria Esportiva Federal (...) para treinamento e competições preparatórias
das equipes olímpicas nacionais” e, portanto, gere recursos públicos? Esqueceram
do Pan-Americano de 2007, do que houve na dupla “reforma” do Maracanã?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Por
essas e outra que devemos concluir que a crise não é temporária do futebol
brasileiro, é permanente, e alcança todo o esporte brasileiro! Do contrário,
tenha-se a certeza, continuaremos alienadamente apenas preocupados com a Copa
do Mundo, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aceitando passivamente nosso
vexatório desempenho Olímpico, o que não alcança apenas o futebol, que lá nunca
ganhou medalha de ouro, mas todos os demais esportes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Se a
derrota, a humilhação e a melancolia que cercaram estas duas derrotas
expandirem efeitos para esta reflexão mais ampla sobre a forma e o diagnóstico
da forma de se fazer e gerir política de esporte no Brasil,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com avaliação responsável e técnica das
causas, com o devido dimensionamento para busca de soluções e “alternativas de
alternativas”, aí sim teremos experimentado, quem sabe, pelo menos sob o ponto
de vista de problematização, a “Copa das Copas”! Do contrário, o que nos espera
nas Olimpíadas de 2016? Mais do que isso, qual é o lugar e o futuro do
“esporte” na política e na agenda pública?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-23568669338246078122014-06-22T12:46:00.000-03:002014-06-22T12:46:01.784-03:00A Copa do Mundo de 2014 no Brasil: em busca de um legado possível<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-IUyuGYe7CZg/U6b6CxOonyI/AAAAAAAAAVs/BU2RPqTP2WQ/s1600/Captura+de+Tela+2014-06-22+a%CC%80s+12.13.05.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-IUyuGYe7CZg/U6b6CxOonyI/AAAAAAAAAVs/BU2RPqTP2WQ/s1600/Captura+de+Tela+2014-06-22+a%CC%80s+12.13.05.png" height="320" width="235" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já faz alguns dias que, em meio a greves históricas e tímidas mobilizações sociais que procuram, um tanto quanto desajeitadamente, dar alguma continuidade às épicas jornadas de junho de 2013, começou a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, espetáculo esportivo instalado sob o regime de um verdadeiro estado de exceção no qual uma entidade privada criada em 1904 na Suiça (FIFA – Fédération Internationale de Football Association) age com força de Estado, ainda que sem nenhum tipo de controle.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tivemos a implementação de um regime diferenciado de licitação, chuva de empréstimos e uso heterodoxo de outros institutos (potencial construtivo) com dinheiro público para reforma e construção de estádios, uma previsão específica de responsabilidade civil da União por qualquer ação ou omissão capaz de causar dano à FIFA, seus representantes legais, empregados ou consultores, restrições comerciais num raio de dois quilômetros, criação de tipos penais esdrúxulos (marketing por emboscada por associação é um deles), prerrogativas de propriedade industrial, prêmios em dinheiro para ex-jogadores campeões, dentre outras teratologias jurídicas chanceladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que, por esmagadora maioria (10 Ministros), no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4976, entendeu que a Lei Geral da Copa (Lei 12.663/2012) é constitucional.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As vaias dirigidas à Presidente iniciadas na área VIP do Estádio do Itaquerão em São Paulo, em pleno clima eleitoral - quando, em verdade, não teve instituição ou poder que, de algum modo, organizadamente, tenha se insurgido de forma organizada e concreta quanto aos investimentos públicos para a realização da Copa no Brasil, algo em torno de 25,6 bilhões de reais – definitivamente não merecem aplauso, especialmente porque foram apenas os Comitês Populares da Copa criados em diversas capitais que apresentaram uma crítica tempestiva e qualificada dos problemas decorrentes do megaevento ora celebrado efusivamente pelos meios de comunicação social, os mesmos que esqueceram os escândalos das empreiteiras, o assunto Pasadena, Operação Lava-Jato, fazendo valer sua já reconhecida memória que reproduza apenas o que é mais recente, na latência e enquanto durar a audiência. Tomemos de exemplo a Folha de São Paulo e algumas de suas manchetes nesses últimos dias: “Brasil abre a Copa com gol contra, virada e vaia a Dilma” (13/06/2014); “Segurança volta a falhar e 150 invadem o Maracanã” (19/06/2014).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Chegaram as festejadas seleções para o maior evento esportivo do mundo e os estrangeiros, supostamente em torno de seiscentos mil, segundo se diz, espalharam-se de norte a sul ao longo das doze sedes do Mundial (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Natal, Salvador, Manaus, Cuiabá, Recife e Fortaleza) e estariam circulando frenética e efusivamente pelo território brasileiro, ainda tão pouco explorado pelo turismo frente a outros destinos mundiais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sobraram críticas para a cerimônia de abertura da Copa. As propagandas saltam por todos os lados divulgando as empresas patrocinadoras, as grandes marcas e os "craques", mas não parece haver dúvida de que houve falha da “comunicação social” dos governos em tentar mostrar que a Copa, a médio ou longo prazo, poderia trazer de pedagógico, informativo, educativo e produtivo para o desenvolvimento nacional, além do simples produto “futebol”, associado à lazer e festa pela própria expressão da cultura nacional.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os “protestos”, melhor dizendo, os atos anti-Copa associados ou não a algum tipo de reivindicação legítima, pelo menos do que está sendo divulgado, até mostraram-se aquém do esperado, não conseguindo alcançar o entorno dos jogos, muito menos amplificar a próspera e qualificada pauta que compôs as jornadas de junho de 2013. Dizem que em jogo está a “imagem” do Brasil, será mesmo? Pode ser, talvez para mostrar que o povo apaixonado por futebol não é necessariamente por ele sempre alienado e desinteressado, já que, afinal, as manifestações no espaço público, uma realidade permanente nos países mais politizados do mundo, apenas recentemente estão incorporadas à nossa realidade, sendo ainda uma feliz novidade com a qual não estamos habituados (vale para o Estado e suas instituições, inclusive de segurança pública, vale para a população brasileira, ainda sem entender exatamente o que pode acarretar das vozes das ruas, onde é que isso pode chegar).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os estádios previstos para o mundial, de maneira geral, estão atendendo ao que se esperava, aliás, nesse sentido a Copa das Confederações realizada pela mesma FIFA em 2013 já era indicativa de que esse não seria o problema. Faltou comida aqui, um hino de duas seleções não tocou ali, uma fila mal orientada acolá, um cambista extorquindo o consumidor ali, mas nada capaz de demonstrar uma desorganização marcante. Isso já era esperado, aliás, sabemos, nós, brasileiros, fazemos futebol o ano todo, ainda que sem segurança, sem isolamento de ruas, sem cerveja nos estádios, sem um bom calendário etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A média de gols é a mais elevada desde 1958 até o momento da escrita deste texto, com média superior a três gols por jogo, todavia nem o funcionamento do mundial da bola naquilo que ele possui de essencial, muito menos a qualidade do futebol apresentado pelas seleções, isso nada tem a ver com os motivos que justificaram a crítica da Copa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O problema é que nossa (i)mobilidade urbana e nossa precária infraestrutura de transportes continuam exatamente as mesmas, assim como nosso sistema de políticas básicas de saúde, educação e assistência social. As cidades, se mudaram para a Copa, foi para se adequarem a um projeto de interesse hoteleiro, do mercado imobiliário, de supressão de equipamentos públicos em nome de interesses financeiros.<o:p></o:p></div>
<div>
<span style="text-align: justify;"> </span></div>
<div>
<span style="text-align: justify;">Complicado é permitir que uma entidade privada, cercada de narrativas e escândalos de corrupção, consiga obter uma política de segurança mais eficiente para o estrangeiro do que o que o Estado assegura de modo permanente ao povo brasileiro, o tal "padrão FIFA ".</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Revolta saber que existe helicóptero pronto para conduzir um jogador lesionado a um hospital para um exame de rotina quando os usuários do subfinanciado Sistema Único de Saúde muitas vezes não tem um devido fluxo de urgência e emergência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É duro saber que o dinheiro público emprestado ou aplicado em estádios de futebol serviu para elitizá-los e torna-lo mais distante do acesso do povo à cultura e ao lazer, inclusive para os usos alternativos desses espaços futuros (shows musicais, etc).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É inaceitável que o sistema de Justiça (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública) mobilize-se com dezenas de membros para atuar nos aeroportos ou nos estádios quando dezenas de vilas e periferias carecem da justiça mais elementar, quando falta saneamento básico, moradia, vagas na creche para todos, melhor estrutura para a universidade pública brasileira etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pior de tudo é saber que 56% dos brasileiros, segundo pesquisa, estariam com nenhum ou pouco interesse nas Eleições de 2014 e provavelmente com bem mais interesse pelo resultado esportivo do Mundial.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Além do inegável encontro das civilizações pelo esporte, do congraçamento natural e intercultural que cada partida propicia, para além das mensagens politicamente corretas da FIFA- muito mais retóricas do que práticas, a julgar pela maneira como a entidade trata seus assuntos internos, incluindo a provável e poderosa influência do dinheiro nas votações para definição das próximas sedes dos Mundiais (Rússia em 2018 e, por enquanto, Catar em 2022).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A FIFA faz questão de mostrar seu “fair play” no início dos jogos, com frases de efeito, com proposta de erradicação do preconceito, na proposta de um "só" mundo, mas por muitos é tido como verdadeira “máfia”, o que, convenhamos, não é qualificativo dos mais adequados.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Independente do resultado da Copa para a seleção brasileira e sua provável influência no clima eleitoral, talvez fosse o caso de pensar que a entidade que utiliza os símbolos, o hino e a bandeira nacional não devesse ser privada ou, caso assim continue, necessariamente deveria estar sujeita a algum tipo de controle, e bem rigoroso, a julgar pelas cifras financeiras que movimenta, pelo tanto que impacto ou utiliza da estrutura dos recursos públicos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O "lucro" não pode ser apenas monetário da FIFA (“go home?”), da CBF, dos meios de comunicação, das empresas de publicidade, dos patrocinadores, mas também precisa ser “social” e “político”, desta vez não para fomentar um regime opressivo ditatorial, como no tricampeonato mundial de 70 (quando já vigia há dois anos o Ato Institucional n. 05), mas para defesa de outras causas (quem sabe a defesa do sistema nacional de participação popular não seja uma delas).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais do que o brasileiro aprender a torcer (o cântico “eu sou brasileiro com muito orgulho e de coração”, mais do que piegas, soa um tanto quanto falso), tão relevante quanto o Brasil ser desafiado a “mostrar a sua força”, para além do ganho turístico do Brasil (que sem dúvida precisa ser incrementado, pois é tremendamente mal explorado por nomeações políticas e falta de profissionalismo de uma composição de Ministério feita em nome da necessária "governabilidade"), o povo brasileiro também precisa aprender a votar e a viver o país com cuidado e paixão durante todo o tempo, e não apenas de quatro em quatro anos. Esse pode ser o maior legado da Copa que, 84 anos depois, depois do trauma de 1950, voltou ao Brasil. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A “pátria de chuteiras” (Nelson Rodrigues) precisa ser a pátria que vai consciente às urnas e calça a preocupação das ruas para que os que mandem, apenas o façam obedecendo, como prega o lema zapatista, que aqui até agora só vale para os desejos gananciosos e desmedidos da FIFA. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nossa disputa não é contra os demais países do mundo, mas contra nós mesmos, com a forma de se fazer política no Brasil, com a necessidade de realização dos otimistas objetivos da República.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Torcer e votar por um país melhor, sem analfabetismo, com mais saúde e educação, com menos desigualdade, está aí uma estrela que verdadeiramente nos falta...aí reside a verdadeira “Copa das Copas”.</div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-85515562643979330862014-03-03T23:09:00.002-03:002014-03-03T23:16:21.169-03:00"La grande bellezza" na Roma de Paolo Sorrentino: che cosa è? dove è?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt;"><br /></span></i>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-vY3ou8jJNXA/UxU1rEZcphI/AAAAAAAAATo/vxXUI8QSAHc/s1600/Captura+de+Tela+2014-03-03+a%CC%80s+19.16.34.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-vY3ou8jJNXA/UxU1rEZcphI/AAAAAAAAATo/vxXUI8QSAHc/s1600/Captura+de+Tela+2014-03-03+a%CC%80s+19.16.34.png" height="212" width="320" /></a></div>
<i><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt;"><br /></span></i>
<i><span style="font-family: "Times New Roman";">“Le cinéma est avant tout un art, un spetacle artistique. Il est aussi un langage sthétique, poétique ou musical – avec une syntaxe et un style – une écriture figurative eu aussi une lecture, un moyen de communiquer des pensées, de véhiculer des idées, d’exprimer des sentiments” </span></i><span style="font-family: "Times New Roman";">(O cinema é antes de tudo uma arte, um espetáculo artístico. Ele é também uma linguagem estética, poética ou musical – com uma sintaxe e um estilo – uma escritura figurativa e também uma leitura, um meio de comunicação de pensamentos, de veiculação de ideias e de exprimir sentimentos” <b>Gérard Betton</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">1. Um escritor reflexivo, crítico e bem humorado diante da vida: Jep Gambardella (interpretado por Toni Servillo). Um sedutor “dandy” sexagenário, amante das festas, cercado pela vizinhança geográfica da religiosidade, que nem por isso deixa de ser um intelectual, um crítico, implacável e criterioso jornalista capaz de perturbar o entrevistado com indagações e perguntas sobre o sentido do que, atualmente, se tenta vender e passar como uma “arte” inautêntica, que muitas vezes, sabemos, não passa de verdadeiro "lixo cultural".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">2. Um autor de um único livro; um amante de um amor perdido no passado da juventude em meio a um presente que busca respostas para um futuro de angústia, de espera. Uma vida de solidão de um "</span><span style="font-family: Times New Roman;">notívago</span><span style="font-family: Times New Roman;">" confesso, temperada pela companhia de uma empregada fiel, calibrada à animação de festas e baladas altamente sofisticadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">3. A estética na roupa sempre elegante e impecável, de cores marcantes, tem seu simbolismo e não pode passar despercebida. A sedução da droga e seu poder de sublimar a realidade num mundo que, cada vez mais, está em busca de sentido; a religião e a busca de sentido para a vida, a busca da ‘santidade”, a mudança do papel social da Igreja. Todas essas são questões lançadas e trabalhadas com originalidade por Sorrentino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">4. Um sofá-cama cercado de livros e um teto no qual se imagina o mar. Na imensão de suas águas quem sabe reside toda a lembrança do passado, do “tempo de memória” já lembrado e escrito por outro italiano, Norberto Bobbio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">5. Uma homenagem constante à cidade “santuário” de Roma, aos seus monumentos, fontes límpidas e história, por maior que sejam os excessos, a extravagância e, claro, a corrupção do “vizinho” (e aqui o tom da era Berlusconi aparece com toda a força), esse é o cenário exaltado nas andanças descobridoras de Jep.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">6. Nostalgia, melancolia e presença-ausência. Cruzando a linha da ficção com a realidade, entre diversas incertezas, eis que a decadência do presente está bem representada na cena em que o personagem mira o casco virado do navio Costa Concordia, cena de múltiplos significados, podendo representar tanto uma metáfora da biografia do personagem, da sociedade italiana, quando não do próprio país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">7. Coliseu e destroços de um tempo glorioso vistos de um belo e espaçoso terraço, corroídos por uma sociedade a quem se imputa a impregnação de um culto excessivo e estereotipado à sexualidade e aparência, sufocada, por vezes, num mundo “sedimentado sobre a fofoca, o rumor, no qual são escassos, ausentes e inconstantes os momentos de verdadeira beleza” (nas palavras do personagem, “</span><span lang="EN-US" style="color: #363636; font-family: "Times New Roman";">è tutto sedimentato sotto il chiacchiericcio ed il rumore ed in cui sono sparuti ed incostanti gli sprazzi di vera bellezza”. </span><span style="font-family: "Times New Roman";"> O filme sugere um contraste entre a bela Roma e o que nela acontece, será? Isso, afinal, não vale para toda e qualquer grande cidade contemporânea?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">8. Vida e morte (qual o sentido, afinal, dos funerais?). Tudo e nada (não por acaso a lembrança de Flaubert na sua reflexão sobre um livro sobre o nada aparecem no filme). Sacro e profano. Realidade e magia. Muitos são os binômios e as antíteses da misteriosa “grande beleza”, de Paolo Sorrentino, filme que exitosamente escapa das linhas do óbvio, criando uma atmosfera equilibrada, que interroga e questiona sem deixar de ser contemplativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman;">9. Onde estará afinal a “grande beleza”? Numa fotografia? No mar, no fluxo do rio? Na contato com o plano espiritual? Nas festas mundanas da vida e na atração sexual? Enxergar esta grande beleza é estar preparado para o desligamento da vida? Arrisca-se imaginar que, dentre tantas coisas possíveis, a “grande beleza” está nas coisas simples, nos bons momentos da vida, na primeira conversa do dia, na música que embala, na dança que aproxima e cativa, nas amizades capazes de dizer as maiores verdades e, claro, nas boas e eternas lembranças. Sempre é tempo de viver, esta pode ser uma outra lição de Sorrentino, evidentemente e </span><span style="font-family: Times New Roman;">assomadamente</span><span style="font-family: Times New Roman;"> influenciado por Fellini.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman";">10. Um filme de linguagem aberta e plural. Não por acaso os tantos prêmios recebidos, inclusive a escolha de melhor filme estrangeiro do Oscar de 2013.</span></div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-28564176524721393792014-01-30T23:37:00.000-02:002014-01-31T00:01:12.956-02:00Novas Guerras Religiosas<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Vnm_TuOVLLA/UusAogEvzgI/AAAAAAAAATY/S4z1ONANjoo/s1600/Captura+de+Tela+2014-01-30+a%CC%80s+23.46.54.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Vnm_TuOVLLA/UusAogEvzgI/AAAAAAAAATY/S4z1ONANjoo/s1600/Captura+de+Tela+2014-01-30+a%CC%80s+23.46.54.png" height="250" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b>Novas
guerras religiosas: tempo de tolerância e liberdade<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Parece-me
que a liberdade religiosa é algo a ser defendido em toda e qualquer
Constituição. Tolerância religiosa talvez seja um sentimento capaz de salvar ou
atenuar o desperdício diário de vidas. A religião parece ocupar papel central
para a compreensão da dimensão desses aparentemente intermináveis e inconciliáveis conflitos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
liberdade talvez seja o melhor antídoto para as guerras religiosas. Tal como já
ocorreu no passado, atualmente vivenciamos dolorosamente nesses tempos de desagregação
e de pessoas morrendo aos quilos por vários cantos do Oriente Médio, sem
excluir Ásia e África.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Bem
faz a Tunísia ao prever a liberdade de religião e de não-religião na sua fresca Constituição, diferentemente do Egito, que vimos exatamente no que deu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Se
ainda não dá para dizer se separação de Igreja e Estado é apenas uma questão verdadeiramente
ocidental, acontecimentos recentes colocam em xeque a teocracia como
forma de governo capaz de respeitar a diversidade e a pluralidade do mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
religião precisa ser vista pela sua capacidade de gerar marco civilizatório, ainda
que, nas linhas da história, saibamos que também ocorreu exatamente o contrário na
colonização, na inquisição...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Se
não temos uma singular Terceira Grande Guerra hoje no mundo, plurais pequenas
guerras são experimentadas há anos sem que as organizações internacionais
tenham conseguido obter respostas satisfatórias. Nossa literatura, também, parece estar adormecida sem reflexão adequada sobre o problema.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Monoteísmo,
politeísmo e cultura religiosa voltada para<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>tolerância, definitivamente essas devem ser questões das quais a
comunidade deve se ocupar para que realmente tenhamos melhor vivência societal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Tudo
que não se quer é que a religião sirva para despertar ódio, rivalidades e
cegueira, o mesmo valendo para a economia, motor por trás do financiamento e do
direcionamento para que os Estados sejam mais máquinas de matar "inimigos" do que
estruturas burocratizadas para servir ao bem comum. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Religião
é cultura, tudo bem. Que possamos encontrar, então, formas de cultivo livres de sentimentos
e possibilidades que permitam transitar no caminho oposto do certamente
seria a intenção dos deuses de fora ou de dentro de cada um. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Que
a religião acompanha o mundo desde que ele se tem como mundo, com poderes mobilizatórios extraordinários, para bem ou para o mal,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>não há como contestar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Precisamos
de uma fé suficiente para suportar indivíduos e coletividades sem imposições
deste ou daquele credo, sem que assuntos de Estado sejam misturados com
questões da religião. Aí reside o ganho e o tesouro da laicidade como
verdadeiro “armistício”, pois não? Ou será mesmo que os genocídios encontram
suporte histórico no Velho Testamento (vejamos Samuel 15:3 – “diz o Senhor dos
Exércitos: eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no
caminho, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói
totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem
até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até as ovelhas,
e desde os camelos até aos jumentos (...) Então veio a palavra do Senhor<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a Samuel, dizendo: Arrependo-me de haver
posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não cumpriu as minhas
palavras"). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Lembro-me que o Museu Imperial da Guerra, em Londres, no seu
último e superior nível, traz um quadro sobre as guerras contemporâneas, o qual,
há aproximadamente seis anos atrás, já era impressionante. Terá sido
atualizado? Se não, infelizmente há muita pesquisa pela frente.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Por falar em museu, quando é que daremos a devida importância ao papel da religião para discutir a guerra e o mundo de hoje? A
história certamente não começa no 11 de setembro de 2001 e neste episódio, por certo, igualmente não se encerra (tanto que, faz dias, o golpe militar aplicado no
Egito fez o ‘favor’ de considerar a oposição muçulmana como terrorista).<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Que venham tempos de paz entre o mundo ocidental, muçulmano
e outros mundos. Respeitar a pluralidade religiosa é questão de ordem (e paz). Que, como diria Galeano, este mundo possa estar realmente
“grávido de outro”, com liberdade e tolerância religiosa, no qual cada um
esteja satisfeito com a busca e a fé (ou ausência dela) na sua crença (ou
não-crença). <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Católicos, protestantes, judeus, budistas, seguidores de
religiões de matriz africana e islâmicas, uni-vos com sabedoria, tudo para que a religião
seja saída, não ópio e motivo para determinismo geradora de mortes. Onde este ódio
estiver, não importa o lado, aí reside o lado negativo do fundamentalismo. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
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São tempos de uma nova “cruzada”, a da tolerância e da
convivência, legado que felizmente é próprio da América Latina, que talvez,
para além do poder cidadão, do novo constitucionalismo, também tenha esse valor
para ensinar e reproduzir no mundo. <o:p></o:p></div>
</div>
RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-67969771418917906452013-10-13T21:34:00.000-03:002013-10-13T21:34:18.481-03:00Pensamentos miscelâneos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-8F-SEcWwQZY/Uls729SDWMI/AAAAAAAAASk/i5ti0Htyq9Q/s1600/Captura+de+Tela+2013-10-13+a%CC%80s+21.30.59.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" src="http://3.bp.blogspot.com/-8F-SEcWwQZY/Uls729SDWMI/AAAAAAAAASk/i5ti0Htyq9Q/s320/Captura+de+Tela+2013-10-13+a%CC%80s+21.30.59.png" width="320" /></a></div>
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<br />
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
separação do Estado da religião, conhecida como laicidade, constitui ganho
civilizatório ou apenas um traço cultural do ocidente? E o capitalismo, não é
ele professado com um fanatismo religioso como se não houvesse outra alternativa?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
certo é que em tempo de guerras não só capitalistas, mas “religiosas”, este
mundo, velho mundo, parece andar de mal a pior, para não dizer sem rumo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
notícia de dias atrás mostra que uma escola tida como excessivamente
“ocidental” gerou uma chacina de crianças na Nigéria; passa-se uns dias, abre-se
o jornal e vê-se que albinos são perseguidos e mortos na Tanzânia, onde ainda
acredita-se em bruxarias, pois seriam, pasme-se, seres inferiores e
amaldiçoados; homicídios plurais e estúpidos continuam sendo praticados todos
os dias, inclusive no trânsito, onde morrem mais de 40 mil pessoas no Brasil
sem que nada efetivamente mude, a não ser mais descoberta de corrupção em obras
públicas de trens e metrôs envolvendo conglomerados internacionais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
De
outro lado, acentuando o grau de doença de uma sociedade que parece não saber
lidar com a sexualidade de maneira saudável, e aqui os moralismos religiosos
também cobram elevado preço, veja-se a absurda profusão de crimes sexuais na
Índia para perceber como o ser humano tem dificuldade para administrar mesmo
algo que lhe é inerente e natural. Até que ponto preconceitos e mutilações
castradoras de desejos geram as anomalias sexuais patológicas é um dos pontos a
se pensar. Talvez se tivéssemos uma “erótica solar”, menos cheia de
impregnações e razões, como diz Onfray, pudesse ser diferente, não?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
fato é que todos esses acontecimentos nos fazem repensar os marcos
civilizatórios e permitem contestação séria aos otimistas que acreditam que o
domínio sobre a natureza trouxe “progresso”. Isso tudo obriga a pensar o quão
pouco parecemos ter avançado na aplicação das ciências humanas, ciência, este
instrumento tão idolatrada pelo espírito moderno.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ao
lado disso, sobram paradoxos e surpresas, um dos quais a retomada das relações
entre Estados Unidos e Irã depois de 1979: o dia em que a teocracia reencontra
um curioso formato de “democracia”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
compensação, o diálogo internacional parece ter resolvido o problema da Síria, incentivando
(iludindo?) quem ainda crê na diplomacia que se exerce pela razão comunicativa,
ainda que os motivos sejam outros e mais remotos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Estados
Unidos da América onde, pelo menos, o fato de o Presidencialismo não ser de
coalizão, permite equilíbrio de forças com o Parlamento, o que mostra que as
crise de governabilidade atualmente integram a agenda de qualquer regime, mesmo
aqueles com maior tradição “democrática”, por mais que adjetivo seja incoerente
com uma série de coisas, Guantánamo, “vigilância eletrônica” e outras “armas”
dos tempos contemporâneos ditados pela velocidade e força da informação. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nós,
por enquanto, entre outras mazelas, em <i>terrae
brasilis </i>(para lembrar Lenio Streck), temos que aguentar uma Justiça
Eleitoral que custa caro e não coloca sua estrutura informatizada para eleições
não oficiais de conselheiros tutelares a conselhos sociais e, pior do que isso,
não consegue se organizar para registro de novos partidos, isso tudo numa
arquitetura democrática que precisa ser repensada, inclusive quanto a
efetividade dos espaços de jogo institucionais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Menos
mal que o problema da crise da democracia atualmente ocupa a pauta de um União
Europeia mantida ao custo da opressão da soberania de muitos em prol da
ditadura econômica e política imposta pela Alemanha e França. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E a
Primavera Árabe, afinal, no que consistiu? Qual a análise? Se há um exemplo de
tristeza e frustação de expectativa esta passa pela complexidade da situação no
Egito, onde os militares deram um golpe sorrateiro e lá estão, inclusive com o
financiamento do governo “estadunidense”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E a
“repristinação” da Lei de Segurança Nacional para prisão de manifestantes com
máscaras e vinagre em pleno e franco direito ao protesto. Foram vinte e cinco
anos da Constituição e sequer temos polícias minimamente democráticas...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Pior
que isso só mesmo aguentar nas notícias da “pré-falência” do “agora menos milionário” Eike Batista, as
projeções eleitorais em cima de “pesquisas” que, curiosamente, juram acertar os
resultados em um país de 200 milhões de habitantes (quando na verdade influem
perniciosamente o voto), isso tudo num país onde alguns governos estaduais
fazem cortes lineares enquanto mantém verbas altíssimas de publicidade em
verdadeira propaganda eleitoral antecipada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Há
uma cisão entre as demandas e a necessidade de uma nova política e o que se
discute é o quadro eleitoral, alianças e projeções, não o sistema, não o
necessário redimensionamento das relações de poder, que poderia começar pelo
“poder cidadão” como prova da necessidade de superarmos a concepção tripartida
de poderes de sabor europeu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Sem
a reforma radical de um modelo de “comunicação social” desprovido de
preocupação e controle público para difusão de cultura e educação, que permite
monopólios econômicos (bem lembra João Brant) reprodutores da alienação do lixo,
concessões de rádio e televisão que na sua grande maior parte são relacionadas
a agentes políticos, aí mesmo é que não vai. E não se diga que há limite de
cinco emissoras para um mesmo grupo, pois sabemos que as “afilhadas” e os
“laranjas” completam o serviço sem que nada acontecida... Dentre muitas lutas,
é tempo de se lutar pela democratização da comunicação (e aqui louvo a
iniciativa importante do Intervozes e do Fórum Nacional pela Democratização da
Comunicação). Alternativa de alternativas, como diria Boaventura, é o que
precisamos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<!--EndFragment-->RECORTES CRÍTICOShttp://www.blogger.com/profile/00168183498021356969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8846534321491598236.post-67845060073800797942013-07-20T17:54:00.000-03:002013-07-20T17:54:06.776-03:00A "primavera brasileira": primeiras impressões
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-cj6OLcXLOqg/Uer44wnCyAI/AAAAAAAAASQ/X0f3pm_qY-o/s1600/Captura+de+Tela+2013-07-20+a%CC%80s+17.53.06.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="138" src="http://4.bp.blogspot.com/-cj6OLcXLOqg/Uer44wnCyAI/AAAAAAAAASQ/X0f3pm_qY-o/s320/Captura+de+Tela+2013-07-20+a%CC%80s+17.53.06.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">As manifestações da população nas ruas (não
necessariamente populares) varrem o Brasil desde o começo de junho de
2013. Enfim, a “primavera brasileira”.
Lá se vão algumas semanas e, com o tempo, quem sabe, a possibilidade de se
fazer algum tipo de balanço, ainda que precário, sujeito a história que, como
bem ensinava Marx, é a melhor ciência que há.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Num misto de precipitação e incompreensão, a
cobertura dada pelos meios de comunicação bem mostram o caráter camaleônico e
manipulador que as “mídias” ostentam em tempo de sociedade global marcada pela
hiperinformação quase sempre desacompanhada da reflexão. Por aí se vê que o
conceito de “censura” é complexo, evidenciando que distorcer informação ou não
dar espaço para algumas versões reais é tão nocivo quanto interditar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Foi nesse quadro que se assistiu o Estado
Policial agir com conhecido despreparo e absurdo excesso e percebeu-se o quanto
que a “pressão das ruas” pode ajudar para derrubar projetos legislativos
espúrios como a Proposta de Emenda Constitucional 37, que buscava atribuir o
monopólio das investigações à Polícia em detrimento do Ministério Público. Mais
do que isso, a “voz das ruas” também serviu para forçar o Congresso Nacional a
construir uma agenda mais positiva e coerente com as pretensões do povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Transporte e mobilidade, saúde, educação, menos
corrupção, essas são apenas algumas das reivindicações explícitas nos cartazes
e nos signos do protesto que desde há muito (e talvez desde sempre) que se
exercia aqui como verdadeiro direito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">O país do samba, do carnaval e do futebol,
sempre tão decantado pelo caráter pacífico (para não dizer alienado) de seu
povo, em plena Copa das Confedera ções organizada por uma das entidades menos
transparentes e fiscalizadas do planeta (FIFA), finalmente conseguiu expressar
indignação com gastos milionários para construção e reformas de estádios
(alguns dos quais cedidos à exploração privada a preços módicos) num contexto
de “negatividades” onde faltam saneamento básico, vagas em creche e leitos dos
sistema único de saúde nos hospitais.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">A horizontalidade e o caráter anárquico da
maior parte das reivindicações mostra que, do mesmo modo que esta chegou
incerta, imprevisível decretar quando será o seu fim. A circularidade das
pautas e das lideranças dificultam a cooptação, ainda que as tentativas de
“revolução passiva”, antes alertadas por Gramsci, assumam versões
contemporâneas de reformas e plebiscitos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Sem embargo de que, como todo movimento da
multidão (quem frequenta estádios de futebol ou qualquer aglomeração coletiva
sabe bem disso), obviamente devamos lamentar alguns excessos que excedem
algumas consequencias naturais e inexoráveis do direito ao protesto, parece-me
evidente que o momento hoje vivenciado é rico para permitir que essa energia ciodadã
canalizada para maior politização e consciência do povo brasileiro quanto a
necessidade de mudanças estruturais no projeto de nação, salientando a
importância que há de ter a
participação popular no controle da administração pública, por exemplo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Sitiar a residência dos governantes, muitos dos
quais por vezes agem movidos por poder absoluto como se estivessem em ilhas,
ofendendo o senso de razoabilidade e justiça de um povo sofrido que até se
mostrava um tanto quanto
irritantemente pacato para desmandos e irregularidades envolvendo a
gestão dos recursos públicos, não deixa de ser uma providência pedagógica e
simbólica capaz de trazer memória para ensinamento de que, como bem frisa
Dussel na sua filosofia política (20 teses de política e Política da
Libertação), a “potentia”, o poder em si, é sempre do povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Além de se questionar o conceito da democracia
representativa, é oportuno que os manifestantes percebam que os espaços para a
construção da democracia participativo-deliberativa são permanentes e, em
alguns formatos, já existem. Ou ignora-se que as conferências (que assim como a
Jornada Mundial da Juventude Católica, também ocorre de dois em dois anos) e os
conselhos sociais gestores de políticas públicas são ferramentas poderosas com
as quais as mãos populares precisam se familiarizar? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">Ainda que as reivindicações estejam muito longe
de tocar em reais problemas que a intelectualidade orgânica bem conhece (falta
de auditoria da dívida externa, falta de regulamentação do capital estrangeiro
no “cassino Brasil”, usurpação de uma política eficiente de previdência
pública, problema da precariedade dos serviços públicos decorrentes da
terceirização, dentre outras heranças coloniais malditas), por mais que as
maiores vítimas das farsas políticas que garantem a “governabilidade” muitas
vezes estejam distante das ruas pelo simples fato de estarem em regime quase
escravo de trabalho num sistema capitalista oppressor, o simples fato de estar
sendo manifestado um estado de insatisfação com o atual estado da coisas já é
motivo para alguma celebração.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">A rua como espaço de pressão, pensamento e
concepção da política, mesmo com o risco das suas esquinas serem tomadas por
ondas produzidas por ventos vindo da “direita” reacionária ou da “esquerda”
oportunista, tem o potencial de
deixar muito mais ganhos do que perdas para reconstruir a relação do ser humano
com suas cidades. A pauta de problemas a resolver não é pequena. Que seja um
novo amanhecer para os movimentos sociais e para a sociedade civil reencontrar
seu papel crítico de fiscalização do Estado. Que seja um novo momento para as instituições, especialmente
o Ministério Público (fortalecido ao ter sido lembrado e tomado como bandeira
pelo povo brasileiro), aproximarem-se ainda mais da sociedade brasileira, do
Brasil profundo nos seus reais desejos e anseios. O presente e o futuro irão
determinar o quanto soube-se aproveitar deste momento iluminado da democracia
brasileira. Há fermento (e massa) para fazer muito mais.<o:p></o:p></span></div>
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<br /></div>
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