quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Mais um dia sangrento na Faixa de Gaza

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*Texto escrito em 01 de abril de 2018


Nada menos do que dois milhões de palestinos vivem na Faixa de Gaza. A região atualmente tem forte presença do grupo Hamas, lembrando que o partido Fatah domina a Cisjordânia.

Em época de Páscoa (ou Pessach, a Páscoa judaica), a morte de 15 palestinos por soldados de Israel na Faixa de Gaza no dia 30 de março último é a expressão de um conflito histórico ainda sem definição. Noticia-se mais de mil feridos, dentre os quais dezenas de pessoas com menos de 18 anos.  

Turquia e Irã saíram em defesa dos palestinos. Os Estados Unidos, até aqui, bloquearam o pedido de investigação dos fatos. O Egito está ao lado de Israel: ambos, vale lembrar, são as fronteiras de Gaza.

A notícia dá conta de que os palestinos, aos milhares,  exerciam pura e simplesmente o seu direito ao protesto, denominado “a grande marcha de retorno” na Faixa de Gaza.

Direito ao protesto é o exercício de manifestação democrático. Nas razões do recente protesto, o forte bloqueio econômico e as restrições impostas ao território há mais de uma década.  

O legítimo protesto dos palestinos da Faixa de Gaza propiciado pelo comando do Hamas tem previsão de seis semanas.

Desde o último confronto aberto em 2014 a violência não atingia este nível, ocasião em que o Estado de Israel enfrentou o grupo Hamas, que desde 2007 tem predomínio e hegemonia na Faixa de Gaza.

Aceitará a comunidade internacional esse ataque ofensivo à democracia e aos direitos humanos? 

Onde está a prova de que a “soberania” de Israel teria sido “ameaçada” para justificar esta agressão, com direito a uso de armas letais? Certamente que arremesso de pedras, queima de pneus ou mesmo túneis de um povo “toupeira” sem Estado e sem-saída estão muito longe disso, não?

Sem política internacional que dê conta do problema, resta a guerra. E uma guerra desigual. Um Estado comandando por um presidente ultranacionalista contra um determinado povo. A história mostra que, quando o interesse na “terra” vem antes das “pessoas”, tudo pode piorar. Sabe-se qual é a resposta do desespero para a violência. Mais violência.

Onde ficou o lema de Liberdade, Justiça e Paz da declaração de independência de Israel desde 1948?

Por que Israel parece ser um Estado que, na crítica implícita do Papa Francisco, não respeita nem os indefesos?

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