sábado, 8 de junho de 2019

Adeus ao mestre do heavy-melódico brasileiro: André Matos




"There's nowhere else to be. And no place to return.[...] At times my conscience speaks, but now it's more and more. The day i'm waiting for..." Rio (Time do be Free). André Matos/Hugo Mariutti
 
O dia 08 de junho de 2019 (um raro sábado no outono quase inverno de Curitiba) marca a morte e a despedida de um dos maiores e mais talentosos músicos brasileiros de todos os tempos. Um dia triste.

A morte prematura aos 47 anos do precioso André Matos deixa um vazio nos seus fãs do Viper, Shaman e, sobretudo, do Angra, uma das maiores e melhores bandas brasileiras.

Todos seus fãs ainda esperavam vê-lo no palco do Angra, de novo, como ele vez com o Viper há não muito tempo.

Aos 13 anos, André já tinha uma promissora carreira iniciando com o Viper. De 1993 a 2000 fundou e fez a maior e mais estupenda fase do Angra. Depois veio o Sha(a)man e, enfim, a carreira "solo" (escrevo em aspas porque qualquer banda que tinha André Matos no seu quadro sabia o quanto ele brilhava sozinho, como sol, não só para ele, mas para todo o conjunto).

O virtuosismo de André Matos sempre foi reconhecido nacional e mundialmente.

Ter vendido mais de um milhão de cópias e ter desfrutado de sucesso mundial não é suficiente para descrever a dimensão da sua grandeza musical. Será preciso muito mais para fazer jus a sua biografia.

O seu extraordinário talento e capacidade nos fará muita falta. 

Para além de ser um músico diferenciado, especialmente porque sempre foi focado em aprimorar seus estudos (bacharel em regência orquestral e musical com muitos estudos de canto), também era muitas outras coisas "do humano" como algo definitivamente não lhe era alheio. Corinthiano, pai do Adrian, falava seis idiomas e também era preocupado com o meio ambiente e com a causa animal. Isso e muito mais. 

O Bar Opinião foi um dos lugares que pude vê-lo brilhar no palco, sempre fazendo a diferença.

Agora é só tempo de memória. Infelizmente, é dia de dar Adeus ao Maestro do heavy-melódico brasileiro.

Se duvidar, o céu está lhe ouvindo cantar, afinado como só ele, Carry On, Wuthering Heights, Reaching Horizons e muito mais. 

Como ensina Reaching Horizons, “i don’t blame the fate but it’s too hard to face the truth (...) the same horizons but in different lands”.











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