
Vivemos para encontrar respostas, certo?
A PSICOLOGIA, na vertente da PSICANÁLISE, traz conhecimentos importantes sobre a compreensão e interpretação do "self" nosso de cada dia.
Obviamente que a PSICANÁLISE enquanto ciência, como outros campos do saber, vai ter lá que enfrentar seus muitos e invencíveis PARADOXOS nas suas tantas e diversas "correntes" de entendimento (que seguramente são muitas).
Se um paradoxo é algo que traz uma carga de verdade na sua contrariedade (e a lição aqui é do psicanalista argentino ENRIQUE ÃCUNA), "las paradojas del objeto en psicanálisis", por si só, já seria pauta para muita discussão. Contudo, a idéia neste primeiro "post" PSI é tentar dispor algumas letras iniciais sobre este importante campo do saber e, quem sabe, despertar curiosidade na sua pesquisa.
A psicanálise, dentre muitas possibilidades, vai trabalhar sobre elementos do SIMBÓLICO, do REAL e do IMAGINÁRIO e, sobretudo, em síntese, com a interpretação que não se debruça sobre um fenômeno voltado para um objeto frio qualquer. Ao contrário de um EXPERIMENTO científico que permite indução-dedução para produção dos mesmos resultados, a viagem da psicanálise abre janela para olhares e "miradas" na verdadeira e solidária EXPERIÊNCIA dialógica de conhecimento (e certamente aprendizado) voltada para um sujeito, para "o outro" e seus "fantasmas" guardados no porão do I(i) NCONSCIENTE (este, elemento-chave nas linhas psicanalíticas).
A psicanálise permite que a cognição atinja uma possível expressão dos "territórios desconhecidos" (e aqui me valho da expressão do Mestre WARAT).
Vivenciar a experiência em cada um e para cada um é chegar sempre na diferença subjetiva fascinante (e delirante).
O lugar contemporâneo da psicanálise quer investigar o ser humano no seu contexto relacional (PEDRO GOMES)e, assim, ser útil (quando não imprescindível) para a vida em sociedade.
Mais do que frio exame do psiquismo, instrumentalizar cada sujeito no caminho do autoconhecimento, na compreensão do consciente e do inconsciente é também contribuir para (re) conduzir esse mesmo sujeito no caminho da (re) humanização, do resgate da auto-estima e individualidade (a começar pela atenção na escuta do outro), enfim, da dignidade, da qualidade de vida, premissas tão esquecidas na sociedade pós-moderna de identidade "standartizada" ou diluída no mosaico dos padrões e convençÕes.
Desafiador e encantador o trabalho psicanalítico, verdadeira arte!
Neste universo, o gênio austríaco SIGMUND FREUD (1856-1939), a austríaca MELANIE KLEIN (1882-1860), o inglês DONALD WOODS WINICOTT (1896-1971) e o célebre francês JACQUES LACAN (1901-1971) são apenas alguns dos principais atores históricos da psicanálise como substância que se precisa difundir e fazer conhecer.
Iluminar e procurar a resposta dos significados do inconsciente e o seu impacto para cada indíviduo no seu convívio com si e com o "outro", sempre no novelo da linguagem (do sonho, do amor, da fantasia, do aprendizado, da pulsão, do desejo, da sexualidade, da escuta, e, inclusive, do próprio silêncio...)...rico é o mosaico e o patrimônio da psicanálise para fundir melhores horizontes no (des) caminho da humanidade.
Mais do que isso, buscar, conhecer e investigar o universo PSI na lente e foco da PSICANÁLISE tem tudo para ser um percurso fascinante no mundo da CULTURA e seus marcos civilizatórios.
Que esta primeira postagem possa ser um convite para ouvir (e conhecer) "o outro" que está aí, do outro lado da tela (divã...).