sábado, 27 de março de 2010

A “democratização da comunicação (social?)” em jogo: a opressão da “grande mídia” - pautas cheias de ideias vazias e, pasmem, recheadas de censura!


“(...) o mundo foi rodando, nas patas do meu cavalo, e nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando, as visões se clareando, até que um dia acordei (Geraldo Vandré)

“Do que vale olhar sem ver?” (Johann Wolfgang Von Goethe)

  1. Em tempo de opressão da “grande mídia”, simples passeio tópico pelo noticiário cotidiano mostra o quanto estamos imersos em pautas cheias de ideias vazias, contaminados por uma imprensa de memória curta, horizontal (não propriamente na igualdade, mas na superficialidade do conteúdo) e cuidadosamente “seletiva”...
  2. A sistemática necessidade de reprodução do pensamento dominante no sistema-mundo não poderia encontrar fluxo mais fácil e livre de qualquer reflexão do que a assepsia dos meios dominantes de comunicação social (social? será mesmo?);
  3. Se a notícia deveria valer pela informação e aprendizado que contém, a regra que assistimos é a mera transmissão de um fato sem a devida exploração das causas e recortes críticos que o tema comportaria;
  4. Ainda que algumas informações possam queimar como fogo em jornal, não é preciso passar muito tempo para que tudo vire brasa, sem direito a “retrospectiva”;
  5. Fala-se em cidadania, em democracia, mas pouco se mostra do absurdo que cerca cada caso. Mesmo o que tem início, perde sua informação lá no meio, num fim que nunca chega...
  6. A reprodução histérica e incessante de uma mesma notícia sob o mesmo enfoque sem profundidade de conteúdo é algo tedioso, quando não propriamente abominável, tendo um sentido muito mais de dominação do que efetiva “informação”, os exemplos estão aí;
  7. Crimes violentos perpetrados sem reflexão sobre o motivo de tanta barbárie na dita sociedade pós-moderna civilizada, mas o que vale (vende) é a histeria de cada caso, de cada crime, as vidas ali em jogo destroçadas, não o contexto...Até mesmo quando se trata de fazer a cobertura de um Júri popular de repercussão, perde-se o espaço da essência, de discussão e esclarecimento sobre o macro (funcionamento do Tribunal, se deve ser mantido ou não, se poderia ser ampliado para outros crimes, se a fundamentação das decisões viola ou não a Constituição) para ficar no micro, no particular, nos detalhes do caso, etc;
  8. Que dizer do caso do “Mr. Arruda”, eleito para o Governo do DF depois de ter comprovadamente mentido no escândalo e participação no episódio da “violação do painel do Senado”, temática esquecida pela mídia gorda, tanto assim ao ponto da Revista Veja (cada vez mais um amontoado de papel cegamente conservador e reacionário) ter lhe dedicado uma capa dias poucos dias antes falando de sua “volta por cima” (aham...vai nessa!);
  9. Entre rádio, internet e tv, sem dúvida que esta última é o meio que mais aliena e desinforma. Nada mais se trata do que uma constatação. Por conta disso todos nós somos um pouco “vidiotas”, como na literatura de Jerzi Kosinki previu...com a diferença que não estamos cuidando do nosso “jardim”, mas tão-só da televisão...
  10. Em suma, há uma total falta de sentido social no controle dos meios de comunicação e, enquanto isso, valores, sistemas e espaços de participação popular seguem sendo ilustres desconhecidos, como os conselhos sociais, as regras básicas da integralidade e gratuidade do SUS (Sistema Único de Saúde), a necessária rede de proteção da infância e juventude, o direito de vagas na educação infantil com parte do ensino fundamental e muito mais;
  11. Infelizmente, na raiz das coisas e dos problemas, da (des) esperança costumeira, ainda mais em ano de Eleição, está a constatação de que falta responsabilidade dos meios de imprensa, a verificação de que ainda pagamos o preço do “jornalismo canalha”, conforme lição de José Arbex Jr;
  12. A velha máxima de que o brasileiro tem “memória curta” é mais viva, cultural e real do que nunca, especialmente quando se constata que José Roberto Arruda ganhou mandato no Executivo, o mesmo tendo ocorrido no Legislativo em relação a Fernando Collor e Paulo Maluf, e assim poderíamos citar outros tantos casos...(e família Sarney, toda de volta ao poder, dizer o quê?)
  13. Por que será que a memória da imprensa é tão “seletiva”? Por que as grandes redes de comunicação do país deixam tanto de lado a “verdade”? Qual o (des) caminho de tanta “manipulação”?
  14. Certo é que alguma coisa precisa mudar na regulação dos meios de comunicação social...há de se determinar o que não pode ser esquecido, o que precisa ser lembrado, até mesmo como aprendizado histórico (trata-se de continuar a aprender com o passado, o que não se faz sem um jornalismo ético, compromissado e responsável).
  15. Fala-se todo dia em terremotos, enchentes, mas, em compensação, nada se diz sobre a degradação ambiental de todo dia, do lixo à extração mineral, da poluição hídrica ao leilão das bacias de petróleo...mas, afinal, a quem isso importa quando a mais destacada manchete “da semana” quer mesmo é explorar e quantificar a fortuna do empresário Eike Batista?) E o que dizer do “silêncio” constrangedor da grande mídia sobre o massacre dos pescadores na Bahia de Sepetiba, da degradação ambiental “autorizada” da construção da Usina de Belo Monte?
  16. Assim como a indiferença e a omissão não deixam de ser uma forma de violência, ainda que não tradicional, salutar que possamos questionar o fato de que a “censura” incide não apenas sobre o que não pode ser visto, mas também sobre o que se quer e se deseja “mostrar”....as vezes de modo explícito, as vezes de forma velada...
  17. O que dizer do Haiti, país focado sobre o que ele é, não o que ele foi e podia ser..país que pagou alto preço histórico por ter desafiado a escravidão, pleno de miséria e desigualdade, que somente ganha destaque (e temporário, de algumas semanas) por conta de um desastre da natureza, ainda que a verdadeira e maior barbárie ali tenha sido provocada pelo homem, de carne e osso, não raras vezes travestida de “paz”....
  18. Como afirma Arbex Junior, longe e não raras vezes promíscuas são as relações entre mídia e poder...dias atrás o foco esteve na Itália, mais uma vez com Berlusconi, a duas semanas das Eleições, flagrado e envolvido numa interceptação telefônica mostrando como se dá a regulação e os assuntos do governo com a grande mídia...cosí...
  19. Cuidado com os conceitos...”censura” não é apenas aquilo que não se vê, mas algo que também se quer mostrar hegemonicamente, num sentido só, sem pluralidade;
  20. Muito do que o mundo é hoje passa pela omissão dos meios de comunicação, que descumprem explicitamente sua função social...mas cuidado Questionar esse estado de coisas é querer fazer retornar a “censura”....aceitar que tudo assim continue medida autoritária...que bela e paradoxal conceituação.
  21. Eis o admirável mundo novo Huxley...quanta confusão...que falta faz a verdadeira “democratização” da informação.
  22. Com bem lembra Michelangelo Bovero, “uma regime não é democrático se não vive uma atmosfera de liberdade, e essa atmosfera não existe se não forem asseguradas as condições mínimas de pluralismo dos e nos meios de informação e persuasão. De que forma? Primeiro, vamos começar proibindo as grandes concentrações da mídia e excluindo da competição política todos que tiverem alguma ligação ou controle, mesmo mínimo, nesse setor”.
  23. Até mesmo porque a liberdade pressuposta na democracia tem como pré-condição adequado acesso e disseminação de educação e cultura, fundamentais ingredientes para desenvolvimento da cidadania, para o despertar de consciência, para afastamento da alienação que tanto prejudica a construção de um projeto nacional efetivamente voltado ao interesse da coletividade; mas isso não se consegue com a leitura de “Veja”, mas sim com busca de meios contra-hegêmonicos, por exemplo, com disseminação de cultura indígena posta na raiz nacional, com promoção e facilitação ao advento de rádios comunitárias; Mas quem de verdade está disposto a apoiar essas iniciativas? Certamente não a “indústria cultura” pautada pela lógica do mercado;
  24. Perceba-se, nesse contexto, o quanto importante foi a edição da primeira Conferência Nacional da Comunicação (CONFECON), realizada de 14 a 17 dezembro de 2009, em Brasília, sob o tema “Comunicação: meios para construção de direitos e de cidadania na era digital”, evento, claro, praticamente sabotado e não divulgada pelas grandes “redes de comunicação”, a quem não interessa nenhuma mudança, especialmente se a ideia vigente for a de que a democratização dos meios de comunicação contribui para verdadeira democratização do Brasil (para que se tenha uma ideia, no só sistema brasileiro os Grupos Abril e Globo controlam aproximadamente 150 veículos); nessas horas é de se perguntar até quando a Constituição da República será “letra morta”, afinal, segundo ela, no seu artigo 220, parágrafo quinto, “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”); que dizer, então, do que consta nos princípios do artigo 221 da mesma Constituição, dispositivo que deveria ser fiscalizado nas emissoras de rádio e televisão, tudo para que houvesse ”preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”, “promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente”, “regionalização da produção cultural, artística e jornalística”, “respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família”...
  25. Por falar em “monopólio da comunicação”, hora de resgatar a história... (um convite, que tal começarmos desbravando “A História Secreta da Rede Globo”, de Daniel Herz, Editora Dom Quixote, Porto Alegre, 2009?; recomenda-se também leitura e acompanhamento dos sítios virtuais do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação -http://www.fndc.org.br/, Observatório de Imprensa (http://observatoriodaimprensa.com.br/) e da Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária -(http://redeabraco.org.br/)
  26. Nesse contexto, buscar a implementação de um Conselho Nacional de Comunicação, um dos indicativos da conferência do ano passado, pode ser tudo, menos “censura”; a liberdade de expressão vai muito além do sentido tradicional que a ela a comunicação hegemônica quer atribuir; a comunicação hoje, mais do que nunca, precisa ser compartilhada, precisa criar uma agenda de “responsabilidade social”, o povo precisa cobrar!;
  27. A emancipadora comunicação social será aquela que permita fugir da “cega necessidade de incontrolados laços econômicos” em busca da “realização programada das possibilidades humanas” (Marcuse); não há liberdade de expressão sem liberdade intelectual, e a lição aqui também é de Spinoza, filósofo holândes que tanto se debruçou sobre a complexa compreensão do que é ser livre;
  28. Quem detém a (des) informação?...Watch out! Em jogo está a “democratização da comunicação” e sua importância estratégica para mudança do nosso país.

domingo, 7 de março de 2010

A Alemanha, o nazismo e o que restou de Auschwitz: em jogo a capacidade da humanidade enfrentar e aprender com o passado


“(...) enfrentar psicologicamente o que aconteceu não é fácil para muitos alemães. Gerações chegam e passam. Têm de se debater repetidamente com o fato de que a imagem que os alemães possuem de si mesmo está manchada pela lembrança dos excessos perpetrados pelos nazistas, e que outros, e talvez até suas próprias consciências, os culpem e condenem pelo que Hitler e seus seguidores fizeram (...) É uma questão em aberto se, e em que medida, os alemães digeriram seu próprio passado e, em particular, as experiências da era Hitler. (...) o passado de um povo também aponta para diante: o seu conhecimento pode ser de uso direto para construir um futuro comum” Norbert Elias


  1. Grande questão histórica reside em saber se as barbáries e atrocidades do movimento nacional-socialista (nazismo) teriam o mesmo impacto tivessem ocorrido em outro palco que não a Grande Alemanha, terra do Império medieval Romano Germânico e sua duração de séculos, origem da mortífera Guerra dos Trinta Anos (1618/1648) que se alastrou pela Europa, do Segundo Império (Kaiserreich) que foi de 1871-1919, da história de um povo marcado por conflitos, rupturas e descontinuidades, que para muitos sempre teve na sua raiz a busca de hegemonia, hierarquia, supremacia....
  2. A “culpa” e o estigma de alemães terem preconizado a maldição do nazismo ainda haverá de povoar as mentes até hoje abaladas e impressionadas por tanta desumanidade e incivilidade concentrada, sempre desafiando explicação, questionamento e perplexidade. Basta percorrer a literatura e o cinema para que se perceba o quão fértil é o solo do nazismo para reflexões contemporâneas, certo de que o passado deixa “marcas” que precisam ser cicatrizadas para construção de um novo futuro.
  3. Seria o genocídio nazista algo que poderia ter ocorrido em qualquer território ou uma “excepcionalidade” e “particularidade” que somente chegou onde chegou por ter ocorrido no peculiar e complexo processo de formação do Estado Alemão? Difícil encontrar onde está a “verdade” deste “objeto”...(que o diga o brilhante Karl Jaspers, filósofo criador do existencialismo e perseguido pelo regime totalitário de Adolf Hitler)...
  4. Unificada tardiamente em 1871, com destaque para a figura de Otto Von Bismarck e a vitória sobre a França, vencida na Primeira Grande Guerra (1914-1918) com devastadoras conseqüências de dívidas, perda de território e prejuízo marcante na auto-estima, incontestável que Adolf Hitler foi astuto o suficiente para explorar a “derrota” e a crise mundial vigente no período para sustentar que o Tratado de Versalhes (1919) e o que decorreu da próspera República de Weimar (1919-1933) teriam conduzido o povo alemão à fraqueza e à humilhação...Foi assim que o subestimado Hitler construiu a ideia de que o retorno a mais um Império era necessário, inclusive para retomada do “orgulho nacional”...e logo de início veio a invasão da Polônia, o implemento do Estado de Exceção, dentre outras medidas autoritárias negligenciadas num primeiro momento aos olhos das outras grandes nações...(falta de alteridade pela qual a humanidade pagou elevado preço).
  5. Foi na Alemanha que o pretexto estúpido e absurdo de se combater comunistas (que supostamente teriam incendiado o “Reichstag” - sede do parlamento alemão) deu origem ao “terror” de um regime totalitário construído sob medo e marcado por substancial apelo popular da classe média na suposta perspectiva da valorização desse “orgulho nacional” (qualquer semelhança com a ditadura brasileira pode não ser mera coincidência).
  6. Ainda que as razões de perseguição aos judeus remontem a um anti-semitismo vivenciado pela própria história do cristianismo, tamanha era a manipulação e propaganda (Goebbels), tal era a dimensão e o contexto de um nacionalismo historicamente identitário e exacerbado no seio de um povo reconhecidamente marcado por ter psicologia guerreira e bélica, que realmente é difícil saber qual seria o nosso real comportamento se fossemos alemães nos idos do nacional-socialismo praticado entre 1939-1945, entre a ascensão e a queda do Reich...Tudo não passa do desafio da perspectiva, da paralaxe, do desafio que é se colocar na condição do “outro” e de suas circunstâncias.
  7. Como explicar que tanta crueldade foi praticada no âmbito de uma sociedade historicamente desenvolvida e intelectualizada na perspectiva “civilizatória”, berço de expoentes e expressões da intelectualidade mundial? (Lutero, Goethe, Schiller, Weber, Brecht, Wagner, Marx, Beethoven, Kant, Marx, Nietzsche, Heidegger...)
  8. Difícil de entender, da mesma forma, como Hitler pode ter tanto espaço, especialmente quando já havia confessado seu anti-semitismo e seus propósitos quando da publicação da sua obra “minha luta” (Mein Kampf), publicado entre 1925/1926?
  9. No contexto da polêmica, conferir a opinião abalizada do sociólogo Norbert Elias (1897-1990) pode ser um bom começo para melhor compreensão do tema, da herança e do “passado” alemão...Segundo ele, no habitus alemão, “os modelos militares de comando e obediência prevaleceram em vários níveis sobre os modelos urbanos de negociação e persuasão”. Por mais que aí possa residir boa dose da disciplina elogiada dos alemães, que construíram, apesar de tudo, uma nação rica e altamente desenvolvida, a “natureza descontínua do desenvolvimento alemão” é uma realidade que não deixa de ser uma entre tantas causas enraizadas aos acontecimentos.
  10. Pior do que isso, só mesmo a impressão que o “campo de concentração” apenas mudou de nome, lugar, de vítima...o mesmo “mal” lá reproduzido hoje continua sendo praticado, ainda que não tão explícito, de modo mais desconcentrado e disperso, num sistema-mundo ainda rematadamente injusto e cruel, permeado de “micro-guerras” e de conflitos;
  11. Ocorreu o julgamento de Nuremberg, foi-se o muro de Berlim (1989 - e com ele a última divisão que a Alemanha experimentou entre República Ocidental e Oriental), mas a verdade é que o nazismo continua eternizado nas consciências e nas páginas da história, sempre à espera de um novo olhar, de uma nova visita, de uma nova compreensão, especialmente para que a atmosfera nele reinante “nunca mais “se repita...
  12. Como bem ensina Agamben, não foi pouco o legado que restou de Auschwitz e, nesse sentido, talvez a mesma passividade condenada no passado hoje ainda ocorra e se reproduza, apenas sob diferente roupagem...
  13. Que a Alemanha parece ter aprendido o “recado” de lidar com o seu passado para construir um novo e melhor futuro, parece não haver dúvida. Todavia, o mesmo não pode ser dito de outras nações que enfrentaram ou enfrentam questões traumáticas...Em duas palavras: que dizer da impunidade da ditadura militar no Brasil e a angustiante situação atual da causa Palestina?
  14. Ao contrário do que fez a Alemanha, difícil compreender que estejamos realmente preparados para o porvir, especialmente quando os pelo menos vinte e um anos de Ditadura Militar (1964/1985) ainda não foram depurados, continuando como “ferida” nacional aberta impune e latente....(e para mostrar o quanto estamos atrasados para enfrentar este fantasma, basta olhar para a polêmica criada e fomentada pela grande mídia em torno do “Plano Nacional de Direitos Humanos).
  15. De outro lado, a marginalidade da causa Palestina, a compreensão do muçulmano como “terrorista”, a intolerância com a diferença e a necessidade de entendimento sobre divisão de território, são apenas algumas questões marcantes (e preocupantes) no contexto da geopolítica mundial,quase toda ela totalmente favorável ao que está sendo feito por Israel, verdadeiro processo de inversão histórica em que as vítimas de ontem estão assumindo a posição dos algozes de hoje, tudo isso ocorrendo com a omissão e a inércia da ONU
  16. Never more... Será mesmo? Muitos exemplos atuais dão conta de que a humanidade parece não ter aprendido com as agruras do nazismo, o que por vezes impede a construção de um futuro melhor e comum....Tempo de repensar e aprender com os alemães. Hora de buscar lição no passado para enfrentar o presente e construir um futuro melhor. Afinal, como ensina Eduardo Galeno: "Se o passado não tem nada para dizer ao presente, a história pode permanecer adormecida, sem incomodar, no guarda-roupas onde o sistema guarda seus velhos disfarces. (...) As tragédias se repetem como farsas, anunciava a célebre profecia. Mas entre nós, é pior: as tragédias se repetem como tragédias".